Em depoimento, o homem alegou que foi até um bar e perdeu a hora, permanecendo mais tempo que o planejado no estabelecimento.
Foto: Divulgação
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A Polícia Civil desmascarou, nesta segunda-feira (13), a farsa armada pelo vendedor Valdenir Freitas de Araújo, de 39 anos. Entenda: o homem procurou a corporação no sábado (11) e informou que havia sido abordado, rendido e extorquido por três homens, por volta das 19h30 da última sexta-feira (10), em um cruzamento próximo a um posto de gasolina no Setor Industrial de Taguatinga e levado para a região de Ceilândia.
Ainda segundo o vendedor, ele teria ficado mais de 15 horas nas mãos dos bandidos. No entanto, a história não é bem assim. Hoje, ele confessou ao delegado Ricardo Viana, chefe da 24ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, que havia passado a noite na farra com uma mulher e amigos, até às 10h do dia seguinte. Valdenir alega que fez isso para evitar o fim do seu casamento.
Depoimento
Em depoimento, o homem alegou que foi até um bar e perdeu a hora, permanecendo mais tempo que o planejado no estabelecimento. “O excesso de bebida pode ter colaborado com que ele tenha tomado a decisão de forjar tal crime”, acredita Viana.
Na delegacia, Valdenir disse ainda que havia sido obrigado a comer terra, ingerir bebidas alcoólicas e realizar compras com seu cartão de crédito. Os policiais passaram a suspeitar do depoimento do homem quando localizaram o carro utilizado no suposto sequestro poucas horas após a denúncia.
“Ele disse que passou 15 horas sob o poder dos bandidos e, duas horas após ser solto, afirmou que encontrou o veículo próximo ao local onde havia sido abandonado. Isso tudo foi muito estranho”, opinou o delegado.
Investigação
Desconfiados, os agentes foram até os bares que Valdenir disse ter passado e sido obrigado a ingerir bebidas alcoólicas, e constataram que ele havia feito compras no local. No entanto, as testemunhas contaram que ele estava alegre, acompanhado, e que em nenhum momento teria sido forçado a consumir as bebidas alcoólicas.
O homem foi intimado então a comparecer na delegacia, por volta das 14h, para esclarecer as contraversões. Ainda de acordo Viana, inicialmente, o suspeito sustentou a primeira versão da história, mas não aguentou a pressão. “Quando ele viu que não tinha mais saída, acabou confessando o falso sequestro e disse que precisava fazer aquilo para salvar o casamento”, relembrou Viana.
Pena
O vendedor foi autuado por falsa comunicação de crime e liberado em seguida, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo. O caso será encaminhado para a Justiça para as demais providências. Se condenado, ele poderá cumprir de um a seis meses de prisão. A pena poderá ser convertida em prestação de serviços comunitários ou até mesmo em multa.
O delegado ressalta que isso serve de lição para que outras pessoas não cometam o mesmo tipo de crime e alerta que ocorrências assim podem atrapalhar o trabalho dos policias. “Enquanto estamos perdendo tempo com uma coisa que não é real, poderíamos estar atendendo outras ocorrências relevantes”, finalizou Viana.
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