Não cabe a nós meros expectadores do direito discordar da decisão judicial e tampouco dizer que não caberia ou não deveria o juiz assim ter decidido. No entanto, podemos fazer uma segunda análise dos fatos em questão:
O fato dos policiais pararem a viatura por alguns instantes em uma base policial para alguns minutos de descanso evitando-se assim um acidente de trânsito pela fadiga do serviço, tal medida seria mesmo necessário?
Uma repreensão verbal não bastaria?
Por diversas vezes os policiais militares vão trabalhar pelo o amor a farda mesmo estando doentes, cansados, entre outras condições adversas.
Só quem já trabalhou em uma viatura noites a fio sabe bem que em certos momentos é necessário parar por alguns instantes, pois, mesmo sendo policiais, estes não são máquinas.
Temos noticias de vários casos de acidente trânsito envolvendo viaturas e qual seria o motivo? Não seria o cansaço de uma atividade tão desgastante estressante e tão pouco valorizada?
Além do fato a acerca do desgaste de uma jornada de 12 horas consecutivas de serviço, há também a questão de que todos os quatro policiais que foram acusados afirmarem não estarem dormindo, apenas parados dentro da viatura, e o fato de o Centro Integrado de Operações (CIOP) chamar a viatura pelo rádio e a mesma não atender não quer dizer que os policias estavam dormindo, pois isso é coisa corriqueira tanto de dia quanto a noite por vários fatores, haja vista que por varias vezes o CIOP faz o chamado de alguma viatura e por falhas técnicas não é possível a viatura copiar o chamado.
A condenação é lamentável e estamos torcendo para que o fato seja revisto pois quatro policiais presos significa menos segurança no Estado.