PF divulga balanço da Operação Cinco estrelas
Foto: Divulgação
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Durante coletiva na sede da Polícia Federal na tarde desta quinta-feira, 2, foi apresentado um balanço das ações deflagradas na Operação Cinco Estrelas, que empregou um efetivo de 150 homens. Apenas no Tocantins 72 policiais, oriundos também dos estados do Maranhão e do Pará atuaram no cumprimento dos mandados judiciais de prisão preventiva, temporária, mandado de busca e apreensão e sequestro de bens. A investigação que partiu do Tocantins desarticulou uma quadrilha internacional de tráfico de drogas que agia nos estados de Goiás, Rondônia, Mato Grosso e Pará.
Os delegados da Polícia Federal, Érico Barboza Alves e Honazi de Paula Farias e a representante do Ministério Público Federal, Carolina Sá, afirmaram que já foram expedidos 18 mandados de prisão, sendo dois internacionais direcionados ao Peru e a Bolívia.
De acordo com o delegado Honazi de Paula Farias se até as 18 horas de hoje os dois mandados não forem cumpridos a Interpol será acionada. “Se até as 18 horas de hoje, nós não os encontrarmos será realizada a difusão vermelha junto a Interpol para que todos os países veiculem medidas de restrição de liberdade contra esses estrangeiros”. O delegado completou ainda que “quanto aos envolvidos brasileiros, que ainda não foram presos, nós já emitimos a ordem de prisão para todas as unidades da PF espalhadas no Brasil”.
Operação no Tocantins
No Estado, segundo informações da PF, foram cumpridos oito mandados de prisão nos municípios de Porto Nacional e Chapada de Natividade.
Mapa da droga
De acordo com a polícia as investigações tiveram início em novembro de 2009, quando foram apreendidos 350 quilos de drogas escondidas em um caminhão baú. Segundo a polícia, o tráfico movimentava cerda de R$ 7 a 8 milhões na Capital. A partir da apreensão foram identificados os envolvidos com o transporte e importação da droga, que era adquirida por um grupo no Tocantins que se organizava com funções definidas de modo que gerasse lucro a quadrilha.
“A droga era inserida no Brasil na forma de pasta base, que não é própria para ser consumida, ela precisa passar por uma transformação, ela pode se transformar em crack ou cloridrato de cocaína. Ela era recebida no Tocantins por traficantes de menor porte e em menor escala, passava por esse processo de transformação e se tornava cocaína, e era revendida a donos de boca de fumo que revendiam então aos consumidores”, disse o delegado.
O delegado Érico Barboza informou ainda que “o centro importador da droga ficava em Rondônia pois o estado é próximo à Bolívia, local de onde saia a droga. Goiânia era o centro distribuidor e lá ele controlava não só o estoque como também a contabilidade do dinheiro, entenda-se aqui também como a lavagem desse dinheiro. Goiânia é uma cidade com um comércio próspero e é no centro do país com boas rotas tanto terrestres como áreas pros demais estado”.
Envolvidos
“Durante as investigações foram identificados alguns funcionários públicos envolvidos nos crimes de tráfico de drogas, mas as provas coletadas até o momento deram a entender no Judiciário que não eram suficientes para inserir essas pessoas na quadrilha internacional de drogas. Portanto serão instaurados novos inquéritos para tentar determinar a real conduta dessas pessoas”, afirmou o delegado.
Desarticulação da Quadrilha
Com relação ao sequestro de bens dos investigados do delegado Érico Barbosa, ele afirmou que é uma forma de desarticular financeiramente o grupo.
“As investigações hoje contra o tráfico de drogas têm essa tendência de desarticular a parte financeira da quadrilha, de tal forma que não só esses bens sejam revertidos no combate ao tráfico de drogas numa eventual condenação, mas também que essas pessoas não se insiram novamente no tráfico”.
Investigações
Sobre o andamento das investigações o delgado afirmou que dentro de trinta dias devem ser finalizadas as ações.
“Já foi apresentado boa parte do conjunto probatório da investigação ao Ministério Público Federal e a Justiça Federal e isso embasou os mandados judiciais cumpridos hoje. Nós temos trinta dias agora com as prisões para relatar o inquérito e finalizar as diligências pendentes. Será oferecido ao ministério público que vai analisar essas provas e oferecerá denúncias contra todos ou contra alguns dos investigados.
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