Cabos do 6º Bis são presos em Brasília com 17 Quilos de Cocaína

Cabos do 6º Bis são presos em Brasília com 17 Quilos de Cocaína

 Cabos do 6º Bis são presos em Brasília com 17 Quilos de Cocaína

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

A Delegacia de Entorpecentes da Polícia Federal no DF desmontou ontem (29) uma quadrilha interestadual de tráfico de drogas que atuava em Brasília. O grupo trazia 17,8 quilos de cocaína oxidadada(pura)da cidade boliviana de Guayaramerin e utilizava como "mulas" (nome dado aos transportadores de drogas), cabos do Exército Brasileiro sediados em Rondônia. Cinco membros da quadrilha já estão presos e à disposição da Justiça, mas a investigação continua para chegar ao restante do bando. Com o montante apreendido, o total de cocaína recolhida pela PF/DF, de janeiro a julho deste ano, chega a 107 Kg, quantidade maior que toda a apreensão da droga feita no ano passado, que foi de 90,2 Kg. A cocaína foi encontrada no tanque de gasolina do carro em que viajavam os militares Ednilson Soares de Carvalho e Nilton Dorado Pereira, membros do 6º Batalhão de Infantaria da Selva. Os dois foram encaminhados ao Batalhão de Polícia do Exército. Outros três membros da quadrilha – Paulo Sérgio da Silva (Chocolate), Antônio Dionizio Guerra (Galego) e Osmar Marcelino Lacerda (Manquinho) – estão na carceragem da Polícia Federal à disposição da Justiça. A apreensão representa para os traficantes um prejuízo de R$ 200 mil. Caso os 17,8 Kg de cocaína pura fossem "batizados" (processados para distribuição) se transformariam em 45 Kg para venda aos usuários. Segundo a superintendente regional da PF/DF, Valquíria Souza Teixeira de Andrade, a prisão dos envolvidos é fruto de uma investigação que durou cerca de dois meses. Traficantes já condenados e em liberdade após cumprirem suas penas, Chocolate e Galego são de Brasília e viajaram à Bolívia para comprar a droga na cidade de Guayramerin. Os dois atravessaram a fronteira sem problemas e se hospedaram na cidade de Guajará Mirim, município de Rondônia. Lá, contrataram os cabos Ednilson e Nilton para fazer a viagem de 2.589 quilômetros de Porto Velho a Brasília. A droga foi embalada em 15 pacotes envolvidos em balões grandes de festa infantil e colocados no tanque do Astra, placas NCF 4440, de propriedade do cabo Nilton. Durante a viagem, os dois militares passaram por quatro barreiras – duas da Polícia Rodoviária Federal e duas da Polícia Militar – que não notaram irregularidades. Chocolate e Galego vieram para Brasília em um vôo Porto Velho-Brasília, da Gol. Não viajaram em cadeiras próximas nem desembarcaram juntos, mas pegaram o mesmo táxi no Aeroporto Juscelino Kubitschek. Do aeroporto os dois seguiram para o Hotel Kingston, no centro de Taguatinga. Lá, foram visitados por Manquinho – foragido da Justiça duas vezes condenado por homicídio – que vinha buscar sua parte (8 Kg) do carregamento da droga . Os três seguiram no Kadet dele, placas JEG 1877, para o Parkshopping , onde se encontraram, no estacionamento próximo à Riachuelo, com os dois militares que chegavam da viagem de carro. Às 20h20 a equipe da Delegacia de Entorpecentes efetuou a prisão. Os cabos do Exército Ednilson Soares de Carvalho e Nilton Dorado Pereira confessaram que receberam R$ 11 mil para trazer a droga de Rondônia a Brasília. O pagamento, informaram, foi pago adiantado. A droga, embalada em 15 pacotes e envolta em balões grandes de festas infantis, foi colocada no tanque de gasolina do Astra do cabo Nilton. Como a cocaína ocupava muito espaço, os dois tiveram de fazer um rigoroso controle no gasto de combustível para não ficar sem gasolina durante o trajeto de 2.589 quilômetros de Porto Velho a Brasília. Foi o papel de controle do gasto de combustível que levou a equipe da Delegacia de Entorpecentes da Polícia Federal do DF a descobrir o esconderijo dos 17,8 quilos de cocaína. O cheiro de gasolina chegou a confundir os cães farejadores, mas os policiais, seguros dos resultados da investigação, abriram o tanque do automóvel em busca da droga. Essa dificuldade, somada ao fato dos dois ocupantes do veículo serem militares, foi que permitiu que Ednilson e Nilton não fossem pegos em quatro barreiras policiais ao longo do trajeto. Sempre usavam uniformes e equipamentos do Exército Brasileiro, quando eram parados mostravam suas identidades funcionais e informavam que estavam viajando a Brasília para participar de um curso de treinamento. Com isso, não levantavam suspeitas e passavam sem problemas. Outro membro da quadrilha que confessou sua participação no episódio foi Paulo Sérgio da Silva (Chocolate). Os outros dois – Antônio Dionizio Guerra (Galego) e Osmar Marcelino Lacerda (Manquinho) – declararam que só darão depoimento à Justiça. O grupo pode pegar uma pena que varia de cinco a 15 anos por tráfico de drogas e mais outros dez pelos agravantes de participação em rede de tráfico internacional, tráfico interestadual de drogas, associação para a prática de crime, entre outros. Os militares responderão, também, pelo uso de identidade funcional para a prática de ato ilegal. *VEJA TAMBÉM: * Polícia acaba com boca-de-fumo na capital e recaptura foragido - Veja fotos * Rapaz comete suicídio em Ariquemes e deixa carta para família
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS