Todo o efetivo do Grupo Antiassalto da Polícia Civil (Gapc) estava nas ruas da capital ontem (03) para solucionar o assassinato de José Alexandre Leite Leitão (49), morto com 19 facadas na noite de quarta-feira, em sua casa, Rua da Uva, Jardim São Francisco. Ele era funcionário de carreira da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e membro efetivo do Conselho Estadual de Saúde.
Cerca de meia hora após o corpo ter sido encontrado, policiais militares prenderam dois suspeitos. Um é estudante de administração, mas foi liberado por falta de provas. O jovem Marcelo Souza da Silva (22) assumiu sua participação e foi autuado pelo delegado Alex Cavalcante, plantonista da Central de Flagrante.
OS FATOS
Às 23 horas de quarta-feira, moradores informaram ao Ciosp que cinco homens, levando alguns objetos, foram vistos saindo da residência, número 150. Pensando que fosse uma ocorrência de arrombamento seguido de furto, policiais militares se deslocaram para a área.
No local, um segurança confirmou a informações. Os policiais bateram à porta, mas ninguém respondeu. Foi quando eles entraram. Em um dos quartos, encontraram o corpo no piso de alvenaria com um lençol preso com fita crepe. A boca estava cheia de sabão em pó.
O corpo aparentava ter sido torturado antes de ter levado 19 perfurações de arma branca: oito no tórax, cinco no pescoço, quatro nas costas, uma na mão esquerda e outra na coxa do lado oposto.
PRISÕES
Depois de comunicar o ocorrido à delegacia da área e de solicitar a presença da polícia técnica, policiais militares iniciaram buscas para prender os acusados. No início da madrugada, detiveram Cláudio Stéfano de Souza (30) e Marcelo Souza da Silva (22), apontados como suspeitos.
Na Delegacia Central de Polícia, depois de uma triagem, o delegado Alex Cavalcante liberou Cláudio Stefano, que prestou depoimento como testemunha. Com participação comprovada, Marcelo foi autuado em flagrante e encaminhado ao Gapc.
Alexandre Leitão era funcionário de carreira da Funasa. Atualmente, estava à disposição do governo do Estado como membro do Conselho de Saúde Estadual. Ele deveria ter viajado ontem para visitar os núcleos de Cruzeiro do Sul e de Tarauacá.
Por enquanto, a polícia investiga apenas o latrocínio, pois os assassinos levaram um notebook, uma máquina fotográfica e outros objetos do conselheiro. O velório de José Alexandre está ocorrendo no salão de entrada da Funasa, devendo o sepultamento ocorrer hoje de manhã.