Nesta quinta-feira, completam-se seis meses da morte do capitão da Polícia Militar de Rondônia, Flávio Silveira Poester, de 35 anos, durante um assalto em Porto Velho.
*Poester foi mais uma vítima da violência que tomou conta da capital. O capitão foi alvejado na nuca com um tiro de revólver disparado por um assaltante identificado como sendo o marginal Felipe Santana Lima, vulgo gaguinho, foragido do Urso Branco.
*O crime aconteceu por volta das 20hs do dia 14 de novembro de 2005, quando Gaguinho e outro comparsa invadiram a casa de conhecidos de Poester, localizada na rua Juazeiro, no Parque Ceará, para roubar a moto Honda Falcon de placa NCK 5095.
*Depois de espancarem brutalmente o militar, um dos bandidos, o Gaguinho, disparou um tiro na nuca do capitão. Após agonizar durante quatro dias, Poester veio à óbito.
*Na época integrantes da quadrilha que praticaram o assalto foram presos. Entre eles estavam Julianderson Lopes dos Santos, Cristiane Barbosa Ferreira e Anderson Soares Santiago. Outros três adolescentes também foram detidos por participação na barbárie.
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Dia do Crime
*O capitão Poester, estava na Polícia Militar há 13 anos e era considerado pelo Comando Geral, como um oficial dedicado, trabalhador e competente. Ao ser vítima de um roubo, que poderia ter outro resultado, por ser um policial militar foi covarde e sumariamente alvejado na cabeça, sem qualquer possibilidade de defesa.
*No dia de sua morte, Poester foi a casa de um amigo que estava viajando. Ficou apenas a esposa e duas crianças menores. O capitão estava dando assistência para a família.
*Flávio, comprou um presente para uma das crianças e acompanhado de sua filha, foi fazer a entrega. Passados pouco mais de 10 minutos, a casa foi invadida pelos marginais de armas em punho. Aparentavam embriagues.
*Anunciaram o assalto e levaram as vítimas para um quarto. Quando pegaram a carteira de Poester para retirarem os documentos da motocicleta ( procedimento de quadrilha especializada em levar motos para abastecer a máfia boliviana), viram sua carteira de Policial. Estava assinada sua sentença de morte.
*Após ser espancado com coronhadas, Poester foi obrigado deitar-se no chão, aos pés de sua filha. Nesta posição, sob as vistas da adolescente, foi alvejado a queima roupa na nuca por Gaguinho. Na seqüência, os covardes empreenderam fuga.
*Homem de muita força física, praticante de diversas modalidades esportivas, entre elas,o Enduro e o Rally de motocicleta, mesmo baleado na cabeça, o capitão levantou-se e trancou a porta.
*Alertado pelos tiros, um vizinho da residência, também policial militar foi ao local. O PM tentou entrar, mas o capitão se encostou na porta e impediu a entrada, preocupado com a possível volta dos marginais. Flávio temia pela integridade física de sua filha e da família amiga. Após ouvir a identificação do policial, abriu a porta.
*Enquanto aguardava seu resgate, o oficial caminhou por duas vezes, mais de 20 metros no trajeto entre a porta e o portão da residência. Continuava preocupado com uma possível volta dos meliantes.
*Uma viatura da PM chegou para fazer o resgate. Amparado por companheiros de farda, Flávio foi levado às pressas para o Hospital de Base. Durante o trajeto, através de sinais se comunicou com sua filha. Com sinal de positivo e sorriso nos lábios, sinaliza que estava bem e tentava tranqüilizar sua única filha mulher.
*No HB, Poester ficou poucos minutos. O Hospital não tinha condições de prestar o atendimento necessário. A família resolveu transferi-lo para o Hospital das Clínicas. Na hora de embarcar na ambulância, a maca se mexeu. Num ato de reflexo rápido, Poester se segurou na maca. Ainda estava lúcido.
*Operado as pressas, o capitão ficou em coma durante quatro dias, tendo sua morte cerebral decretada com dois dias, após sofrer o atentado marginal.
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O Autor dos disparos
*Após cometer o frio assassinato, Felipe Santana Lima, vulgo Gaguinho fugiu para Manaus, onde ficou escondido na casa de uma irmã até ser localizado pelo Centro de Inteligência da Polícia Militar do Amazonas. Foi preso sem esboçar reação.
*No dia 20 de fevereiro, um dia antes de ser recambiado para Porto Velho, Gaguinho fugiu da carceragem da delegacia de furtos roubos de Manaus, onde se encontrava recolhido.
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Família aguarda Justiça*O Oficial da PM deixou Mônica Poester, viúva, com três filhos, Ernani, Marina e Guilhermo. Enquanto o assassino do Flávio Poester continua foragido, sem pagar pelo crime que cometeu, a família espera por justiça.
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Clique nos links abaixo e saiba mais sobre o caso:
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Nota de Pesar - Cap. PM Flávio Silveira Poester
*Missa de 7º Dia - Polícia Militar do Estado de Rondônia
*Rally Clube de Porto Velho homenageia Capitão Poester
*Confira fotos da Premiação do Enduro Capitão Poester
*Enduro Capitão Poester agita o domingo na capital
*Fotos da viagem de Flávio Poester na abandonada R319 de Porto Velho para Manaus