Os presos da cadeia pública de Espigão do Oeste desde ontem iniciaram uma greve de fome para chamar a atenção das autoridades para suas reivindicações.
*Logo pela manhã quando os presos informaram da decisão pela greve de fome o diretor do presídio, Raimundo Nonato iniciou as negociações informando ao Judiciário do objetivo da greve. Os presos da cadeia pública querem os benefícios da recente Sumula do STF na questão dos crimes hediondos, bem como a regalia para os trabalhos externos junto a APAC.
*Ao tomar conhecimento das reivindicações o diretor entrou em contato com o Juiz da Comarca, Dr. Leonel Pereira da Rocha que acompanhado pelo promotor de Justiça Dr. Marcos e o representante da OAB do município estiveram nesta segunda feira no presídio conversando com os presos. Durante o encontro o Juiz Dr. Leonel ouviu as reivindicações dos detentos e confirmou a imediata verificação dos processos para a obtenção dos benefícios.
Mas segundo afirmou o Magistrado os processos serão analisados separadamente, pois em caso de o preso ser reincidente ele perde o direito à progressão e aos benefícios. Mesmo após serem ouvidos pelas autoridades os presos opinaram por continuar com a greve de fome que nesta terça feira entra no seu segundo dia. Segundo informou o agente penitenciário Anderson, a greve dos detentos é de caráter pacífico onde o principal objetivo é apressar a ação da justiça na concessão dos benefícios.
Os presos também decidiram o destino da comida que estão recusando, ficou decidido que as marmitas sejam repassadas para as famílias carentes do Bairro Jorge Teixeira. O diretor do presídio Raimundo Nonato informou que hoje a cadeia pública de Espigão do Oeste abriga 52 presos, sendo 2 mulheres.
*Desses detentos, 10 tem o beneficio de estarem realizando trabalhos para órgãos públicos através do convenio com a APAC – Associação de Proteção e Amparo ao Condenado. Apesar da continuidade da greve o clima é de tranqüilidade entre os detentos pois o principal objetivo do movimento não é causar vandalismo mas apenas sensibilizar as autoridades para a concessão de benefícios aos presos.