DENÚNCIA - Vídeo flagra diretores escoltando a pé 43 apenados na Estrada da Penal em Porto Velho
Apenados do regime fechado do Centro de Ressocialização Vale do Guaporé, localizado no complexo penitenciário de Porto Velho, estão sendo escoltados a pé para o Projeto Acuda, ao lado da Penitenciária Ênio Pinheiro. O fato foi denunciado e gravado em víde
Apenados do regime fechado do Centro de Ressocialização Vale do Guaporé, localizado no complexo penitenciário de Porto Velho, estão sendo escoltados a pé para o Projeto Acuda, ao lado da Penitenciária Ênio Pinheiro. O fato foi denunciado e gravado em vídeo por agentes penitenciários que registraram quatro diretores conduzindo 43 presos, após a recusa dos agentes plantonistas em realizar a arriscada operação.
Na ocorrência nº 4203-03, registrada no Livro de Ocorrências da Unidade, os internos saíram às 9h30 escoltados pelos diretores Ronnie Von (geral), Ernandes Firmino (segurança), Rosalvo Neves (administrativo) e Fabrício Gomes (chefe de segurança), retornando às 17h40. Foi narrado ainda que a viatura Ducato se encontrava com defeito.
De acordo com os denunciantes, que preferem não se identificar, os diretores descumprem resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), no que tange ao não adotar as medidas de segurança básicas, não utilizar transporte específico, bem como não resguardar os presos da exposição ao público.
“É um absurdo realizar a escolta de 43 presos nessas condições e colocar em risco a segurança de servidores e internos. Não aceitamos isso e pedimos que o Estado tome providências urgentes”, declarou um dos agentes que prometeu ainda levar o caso para conhecimento do Conselho Nacional.
Segundo os servidores, aqueles que se recusam a realizar tal procedimento estão sendo transferidos para outras unidades prisionais da capital. “Esta é uma forma de retaliação para quem quer agir na legalidade”, ressalta um deles.
Através do Ofício Circular nº 079/2012/GESPEN/SEJUS enviado em julho, o gerente Geral do Sistema Penitenciário de Rondônia, Elson Aparecido, já havia alertado as unidades prisionais da capital, escolta judiciária e hospitalar pela observância das regulamentações previstas pelo CNPCP.