A paralisação por tempo indeterminado, que começou tímida nesta terça feira, ganhou força e mais adesão dos servidores do TRT 14 de Rondônia e Acre. Nas maiores cidades do interior a categoria está cumprindo a determinação dos 30% no desempenho das funções. Em Vilhena a greve é mais intensa e todos os serviços estarão suspensos até segunda ordem.
Na capital a movimentação também foi visivelmente maior nesta quarta-feira (25.11). Apenas os servidores escalados dentro dos 30% foram liberados para entrar no prédio, o restante engrossou o coro das reivindicações, tática adotada pelo comitê de greve juntamente com a diretoria do Sinsjustra (Sindicato do Servidores da Justiça do Trabalho de Rondônia e Acre).
Para esta quinta-feira (26.11), quando a greve entra no seu terceiro dia, as manifestações serão ampliadas. Além do prédio do Tribunal, localizado na Almirante Barroso, os grevistas se deslocarão também para o fórum trabalhista. Outro ponto de concentração é a Avenida Marechal Deodoro, no prédio que abriga a 6ª, 7ª e 8ª vara.
O comitê e o sindicato foram mais longe no processo de greve e encaminharam à Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, oficio que pede a suspensão de todas as audiências marcadas e o não agendamento de outras. Outro ponto do documento é a solicitação de acesso limitado dos advogados, nos processos em andamento nas varas trabalhistas.
“É a forma que a categoria encontrou para pressionar de maneira incisiva. Precisamos mostrar que não estamos de brincadeira, porque a partir do momento que a greve começar a atrapalhar o andamento do judiciário nossa importância será reconhecida”, desabafou Antonio Batista, presidente do Sinsjustra.
Em todo o país cerca de 20 estados estão em greve reivindicando o reajuste salarial com o envio imediato do projeto ao Congresso Nacional, sem redução de direitos; equiparação salarial com o Legislativo e com algumas carreiras do Executivo; e contra o PLC 611, em tramitação no Senado Federal, que congela o salário do funcionalismo federal.