Em vídeo, Deyvid, que tem passagem pela polícia em Vilhena nega participação no crime
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O vilhenense Deyvid Sangalli (DE CAMISETA VERMELHA), de 30 anos, preso suspeito de ser mandante do roubo no Jardim Centenário, na cidade de Campo Grande (MS), na quarta-feira (12), pediu ao delegado responsável pelo caso, Reginaldo Salomão, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), para sair da cadeia para terminar seu trabalho de conclusão de curso (TCC).
Conforme o próprio suspeito disse em coletiva na tarde de ontem (segunda-feira, 17), ele é acadêmico de Arquitetura, de uma universidade particular da Capital sul-matogrossense, e precisa terminar seu projeto para se formar.
De acordo com Salomão, ele é o cabeça do roubo no Centenário e é extremamente frio. “Ele não tem medo, não demonstra nenhum arrependimento, nem preocupação… A única preocupação que ele tem é com a universidade, inclusive pediu para sair para terminar o TCC”, disse.
Deyvid nega que seja o mandante do crime e alega que só guardou um revólver calibre .32 para um conhecido, sendo que supostamente desconhecia a origem dela.
Ele tem passagem pela polícia em Rondônia, mas a informação ainda é superficial, já que o delegado espera uma resposta das autoridades do estado.
O CRIME
Informações colhidas pela polícia indicam que um dos participantes mora próximo à casa das vítimas, no Jardim Centenário, e ele que estaria fornecendo para Deyvid dicas sobre a família, que a monitorava.
No dia do crime, Sangalli ficou esperando o empresário, de 36 anos, sair do estabelecimento comercial para avisar o restante da quadrilha, que esperavam no bairro para render a vítima, por meio de um rádio comunicador. O mandante não participava diretamente da ação, para não se comprometer.
Eles estavam a procura de um cofre que estaria com cerca de R$ 200 mil na casa, informação que foi supostamente passada por um ex-funcionário das vítimas, mas que a polícia ainda investiga a veracidade.
Ao chegar em casa, o homem foi rendido e amarrado com um cadarço. Ele foi agredido, sendo colocado de bruços no chão. Os criminosos constantemente pisavam nas suas costas e o batiam para que revelasse a localização do cofre e do dinheiro, que na verdade não existiam.
Por duas vezes os bandidos aplicaram um mata-leão na vítima, que desmaiou, e era “reanimada” pelos suspeitos.
Quando não encontraram o cofre, eles juntaram os pertences da família e levaram os carros carregados e também a esposa do empresário, de 27 anos, que se ofereceu para ir no lugar do marido, que estava muito machucado.
O grupo saiu em três carros, dois deles da vítimas, e foi até uma plantação de milho, na saída para Sidrolândia (MS), onde passaram os objetos roubados para um carro e fugiram. Os carros roubados foram localizados posteriormente.
Dentre os pertences roubados estão joias, eletroeletrônicos, bebidas alcoólicas, malas com roupas de marcas, sapatos, entre outros objetos, que valem pelo menos R$ 100 mil. Inclusive, a quadrilha teria brigado por conta da divisão das joias.
Com Deyvid e Leonardo a polícia encontrou quatro malas com roupas, um revólver calibre .32, que estava na casa do mandante, no Bairro Monte Castelo, duas caixas de som, duas caixas térmicas e um tênis. Ainda de acordo com Salomão, outros quatro suspeitos ainda estão sendo investigados, sendo que dois já estão com prisão decretada.
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