Um padre à beira de um ataque de nervos e uma cidade em franco abandono

Padre Franco Vialetto (PT), prefeito de Cacoal, tem uma rejeição de 80%. A cidade está se destruindo, o padre stressado e a população revoltada. Fracasso pode atrapalhar Valverde.

Um padre à beira de um ataque de nervos e uma cidade em franco abandono

Foto: Divulgação

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Nem o fato de ser do mesmo partido do presidente Lula e da senadora Fátima Cleide salvou o prefeito de Cacoal, Padre Franco (PT), do fracasso administrativo
 
O padre Franco Vialetto (PT) foi eleito prefeito de Cacoal em 2008 com 24.436 votos, ou 60,73% dos votos válidos, numa coligação que incluiu o PMDB, PSC, PHS, PDT. Os dois candidatos adversários (Glaucione Neri e Dr. Silvério) receberam, juntos, menos de 16 mil votos. Ele substituiu a prefeita Suely Aragão (PMDB). Sua posse reuniu pelo menos cinco mil pessoas.
 
Hoje, Padre Franco é um homem isolado do povo, nervoso e cercado apenas por um pequeno grupo de petistas sem nenhuma qualificação técnica e administrativa.
 
Ele nunca foi conhecido pela polidez, mas o peso da responsabilidade o deixou ainda mais intratável, grosseiro mesmo.
 
O resultado disso é uma cidade em franco processo de destruição, com ruas sujas e esburacadas, lama e lixo por toda parte e uma população revoltada.
 
A reportagem do TUDORONDONIA está neste final de semana em Cacoal e já pôde constatar um clima de revolta contra o fracasso da administração de Padre Franco.
 
Em menos de cinco minutos, no trajeto entre a rodoviária e o hotel, um motorista de táxi não poupou críticas ao padre. Disse que os moradores de Cacoal cometeram um grave erro ao votar em Padre Franco.
 
O motorista – que pediu para não ter o nome citado, temendo perseguição por parte da Prefeitura - disse considerar o prefeito um homem honesto, mas “incompetente, incapaz de manter o que foi feito nas outras administrações”.
 
Segundo o taxista, o prefeito não aceita críticas e anda muito nervoso. “Ele está stressado. Toda vez que alguém vai fazer uma reclamação, quando ainda consegue encontrá-lo, o padre sai com a maior grosseria”. Este motorista reclama ainda que o padre teria dito que não fará nenhuma obra na rodoviária . Os taxistas que fazem ponto no terminal queriam que a Prefeitura construísse uma área coberta para que eles pudessem ficar protegidos do sol e da chuva.
 
Quando a reportagem chegou à cidade, nesta sexta-feira, as ruas asfaltadas do centro de Cacoal estavam mais limpas, mas logo o atendente de farmácia Paulo de Souza Clementino encarregou-se de explicar: “A chuva levou o lixo”.
 
Os mais de trinta bairros de Cacoal também aguardam com expectativa que a Prefeitura possa dar o ar da graça.
 
RENÚNCIA
 
Além da incompetência administrativa de Padre Franco, outro assunto relacionado ao prefeito toma conta das discussões dos moradores de Cacoal: uma possível renúncia.
 
Há quem assegure que ele já escreveu duas cartas de renúncia, mas foi persuadido pelo seu partido a permanecer no cargo, a fim de não abrir espaço para que o PMDB assuma o comando do município. A vice-prefeita de Cacoal é a peemedebista “Doutora” Raquel.
 
Os próprios aliados de Padre Franco não conseguem encontrar outra explicação para que a situação tenha chegado ao ponto em que chegou a não ser por incompetência. Cacoal é um dos mais prósperos municípios de Rondônia. Possui um setor industrial forte, com destaque na agroindústria, e um comércio em expansão. Os serviços também se destacam na economia local. Além disso, Padre Franco é do PT, partido do presidente Lula, da senadora Fátima Cleide e dos deputados federais Eduardo Valverde e Anselmo de Jesus.
 
Padre Franco, inclusive, é considerado hoje pelos petistas um dos principais trunfos do pré-candidato ao Governo Eduardo Valverde, mesmo estando transformando Cacoal em terra arrasada. A ideia seria mostrar Cacoal como uma espécie de vitrine das administrações petistas.
 
 
O deputado federal Eduardo Valverde (o primeiro da esq. para a direita), tendo   Padre Franco no outro extremo da foto, acredita numa boa administração petista em Cacoal para alavancar sua candidatura ao Governo, mas a realidade é outra.
 
Os adversários políticos de Padre Franco afirmam que ele tem 80% de rejeição popular (Cacoal possui cerca de 78 mil habitantes) e apostam que o prefeito não suportará o aumento da pressão e das críticas, principalmente agora que o funcionalismo público ameaça decretar uma greve geral no município.
 
Os servidores municipais, durante reunião com o SINSEMUC, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cacoal, na terça-feira, 30, na Câmara Municipal , decidiram pela greve por tempo indeterminado, a partir do dia 07 de abril.
 
O presidente do Sindicato, Edmar Rodrigues da Silva, enfatizou que tal medida foi tomada em virtude do impasse gerado pela não apresentação de uma contra proposta pelo executivo que atendesse aos interesses da classe. Todos os setores do serviço público vão aderir à greve visando o atendimento das reivindicações salariais da data base de 2008, 2009 e 2010.
 
“Ressaltamos que já decorreram   365 dias desde que encaminhamos uma proposta ao prefeito sem que tivéssemos recebido sequer uma proposta concreta por parte do Executivo”, conclui o sindicalista .
 
Direito ao esquecimento

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