O avanço do tratamento do lixo em Porto Velho se tornou vitrine para o restante do país em um trabalho iniciado ainda no ano de 2018, quando o município, através da empresa Marquise, concessionária do serviço, deu início ao processo de adequação às normas e exigências da legislação brasileira.
Conforme o presidente do grupo Marquise Ambiental e conselheiro da associação brasileira de resíduos e meio ambiente, Hugo Nery, as adequações promovidas em Porto Velho contou com a participação direta do Tribunal de Contas do Estado.
"Todas as exigências do Tribunal de Contas de Rondônia foram atendidas para que a licitação fosse liberada. Essa licitação vencida pela Marquise Ambiental custou um valor de contrato R$ 170 milhões a menos que o segundo colocado", disse Hugo Nery.
Além da economicidade garantida aos cofres públicos com esse contrato vencido pela Marquise Ambiental, Hugo Nery afirmou que o serviço prestado com esta licitação irá oferecer mais que um aterro sanitário, mas sim, uma unidade de tratamento e recuperação do lixo, que irá gerar emprego e renda à população mais vulnerável.
"Todo o sistema de gestão da cidade será cuidado de forma adequada, será mais que um aterro sanitário, é uma unidade de tratamento e de recuperação de material. Lá se produzirá metano, energia, será realizada a separação de materiais e os catadores de lixo terão a oportunidade de se transformarem em recicladores", garantiu Hugo Nery.
A atuação da Marquise Ambiental nos distritos também foi abordada por Hugo Nery, que alegou que essa região vem sendo atendida de forma plena, com um sistema de coleta eficiente e amplo.
"Os distritos do Alto e baixo Madeira receberam equipamentos vultuosos, e no baixo Madeira, que nunca teve coleta, hoje tem coleta fluvial e terrestre. Foram mais de RR$ 30 milhões de investimentos só em equipamentos nos distritos", falou Hugo Nery
Atualmente, Porto Velho paga para realizar tratamento dos resíduos, motivo pelo qual o custo operacional se tornou em um dos mais caros do Brasil. Com a licitação vencida pela Marquise Ambiental, além dos benefícios, a estação de tratamento ficará com a prefeitura de Porto Velho ao final do período de concessão do serviço.
Hugo Nery garantiu que, com a licitação da Marquise Ambiental, a cidade de Porto Velho se mostra pronta para a COP 30, que acontece neste ano no Brasil.
"Hoje a Marquise é a única empresa do Brasil com uma unidade de produção de metano cujo gás é injetado direto na rede de petróleo, nós vamos usar essa mesma tecnologia aqui, na COP 30, Porto Velho sairá na frente de todos os outros do país", finalizou Hugo Nery.
A COP 30 acontece no mês de novembro na cidade de Belém (PA) e reunirá lideres de todo o mundo para debaterem sobre as mudanças climáticas e melhorias ao meio ambiente.