UNIVERSITÁRIO: Canoar destaca debate sobre cobertura da crise climática com comunicadores amazônidas

O evento, organizado por alunos da Universidade Federal de Rondônia, quer aproximar a sociedade dos debates sobre comunicação e seu papel na preservação e no desenvolvimento da Amazônia

UNIVERSITÁRIO: Canoar destaca debate sobre cobertura da crise climática com comunicadores amazônidas

Foto: No Canoar, jornalista Ana Lídia Daibes ofereceu oficina sobre assessoria de comunicação / CRÉDITOS: Iza Muniz; ASCOM Canoar

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Concluiu-se na última sexta-feira (06) a terceira edição do Colóquio de Comunicação e Cultura na Amazônia Rondoniense (Canoar) em Porto Velho (RO).
 
Realizado por estudantes de Jornalismo da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), o Canoar é um evento/comemoração do encerramento do período letivo utilizado para expor a produção acadêmica do curso.
 
Esta edição do evento, pela primeira vez realizada integralmente por discentes universitários, ofereceu cursos e oficinas com profissionais da comunicação e estudantes do curso de Jornalismo.
 

Na última quinta-feira (05), o segundo dia da terceira edição do Colóquio de Comunicação e Cultura na Amazônia Rondoniense (Canoar) trouxe discussões sobre temas como alternativas de comunicação e o uso de plataformas de dados para a produção de conteúdo informativo socioambiental em Rondônia.
 
O encontro aconteceu na sede do Ministério Público do Trabalho de Rondônia e Acre (MPT-RO/AC), em Porto Velho (RO), reunindo diversos especialistas e comunicadores atuantes.
 
O evento contou com a participação do fotógrafo indígena do Centro de Medicina Olawatawah, Abner Paiter; da comunicadora indígena Taila Wajuru; do integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Breno Vinícius, e do mestre em geografia Flávio Santos.
 
 
FOTO: Breno Vinícius durante mesa de debate de Canoar / CRÉDITOS: Raíssa Ramos; ASCOM Canoar
 
Durante o debate, destacou-se a importância de entender o impacto das ações comunicativas e da produção de conteúdo. “Qual Amazônia conhecemos? São várias Amazônias dentro de uma, e é importante saber que a comunicação nela vai muito além de hoje. devemos usar a comunicação da nossa ancestralidade. É de extrema relevância saber de onde conversamos, a que lugar pertencemos e o que queremos comunicar”, disse Taila Wajuru.
 
Falar com as pessoas vai além de simplesmente transmitir informações: requer cuidado, empatia e proximidade. No contexto da crise climática, a comunicação social desempenha um papel crucial ao criar diálogos claros e acessíveis, conectando diferentes públicos às questões ambientais. Para jornalistas, compreender as dinâmicas da comunicação e estar aberto a novas ideias é essencial para produzir materiais que informem e, ao mesmo tempo, inspirem mudanças.
 
“O diálogo é poder. Devemos refletir sobre o motivo pelo qual estamos comunicando algo. É assistencialismo? Precisamos estabelecer conexões e contribuir para a construção de vozes independentes, possibilitando que todos tenham condições de se comunicar”, ressaltou Breno Vinícius, do MAB.
 

Ferramentas

A comunicação em tempos de crise climática exige o uso de ferramentas eficazes para combater narrativas impostas pela mídia hegemônica. É preciso construir informações concretas e claras, utilizando recursos como vídeos, imagens e dados filtrados. O geógrafo Flávio Santos destacou que a plataforma Observa RO tem como objetivo universalizar o acesso a informações sobre políticas públicas e questões socioambientais em Rondônia. “Hoje em dia, é muito difícil romper o algoritmo que oculta a realidade. Por isso, a internet é crucial para a comunicação, e precisamos lutar pela democratização dessa ferramenta, dado o seu grande poder de utilidade”, explicou.
 
Já o fotógrafo indígena Abner Paiter ressaltou o papel das fotografias na preservação da memória cultural e da medicina tradicional. “Por meio das minhas fotografias, mostram a realidade do Centro de Medicina Olawatawah, o desenvolvimento de práticas medicinais indígenas e a ampliação da cultura ancestral. Meu pai disse que as primeiras comunidades indígenas fotografadas acreditavam que esses equipamentos capturavam suas almas, e hoje eu consigo congelar o tempo, contar histórias e manter a existência das nossas culturas por meio dos registros”, destacou.
 

Oficinas e festa 

 

FOTO: Marcelo Moreira, jornalista da Rede Amazônica, ministrou oficina sobre histórias na TV / CRÉDITO: Iza Muniz; ASCOM Canoar

O Canoar 2024 concluiu sua terceira edição na sexta-feira, 6, após três dias de atividades que discutiram o papel da comunicação na crise climática amazônica. O terceiro dia teve destaque nas oficinas realizadas no Ifro Calama.
 
Entre os destaques, Ana Lídia Daibes abordou estratégias de comunicação no poder público; Pablito Aguiar, João Assis e Juan Félix exploraram o uso de quadrinhos no jornalismo; Leylianne Alves falou sobre acessibilidade em mídias digitais; e Marcelo Moreira compartilhou técnicas de narrativa televisiva.
 
O encerramento aconteceu com uma festa no Café Porto, animada pelos DJs Alt Benji, Peste e Paulo Arruda, celebrando o sucesso do evento. O Canoar 2024 reforçou a importância da comunicação como ferramenta para transformação socioambiental e já projeta novas edições.
 
 
FOTO: DJ Alt Benji durante evento final de Canoar / CRÉDITO: Iza Muniz; ASCOM Canoar.
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