PROBLEMAS: Empresa de avião que caiu com Marília Mendonça também atua em RO

A PEC táxi aéreo já foi denunciada pelo MPF-GO por irregularidades no transporte de pacientes e possui contrato com a Secretaria Estadual de Saúde

PROBLEMAS: Empresa de avião que caiu com Marília Mendonça também atua em RO

Foto: ILUSTRATIVA

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A empresa goiana PEC Táxi Aéreo é a proprietária do avião que transportava a cantora Marília Mendonça, matando além dela, mais quatro pessoas entre tripulantes e passageiros. O acidente ocorreu na última sexta-feira (05), na localidade de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais.
 
Essa empresa tem contrato com o Governo de Rondônia e atende a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), sendo a responsável pelo transporte de pacientes que necessitam de tratamento em outras partes do país.
 
Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia o contrato entre a PEC Táxi Aéreo Ltda e o governo estadual é de R$ 8.748.336,00.  Nele, a empresa se compromete a fornecer avião com cabine não pressurizada para transporte de pacientes (adulto, neonatal e pediátrico); com UTI aeromóvel; tendo a velocidade mínima de 270 km/h; autonomia mínima de voo de 04:30 hs; capacidade para transporte de (1) médico, (1) enfermeiro, (1) paciente, (1) acompanhante; homologada para voos diurnos e noturnos.
 
A PEC Táxi Aéreo se encontra, no momento, após o acidente com a cantora Marília Mendonça, no centro de uma enxurrada de denúncias de irregularidades. O Ministério Público Federal (MPF), em Góias, denunciou a empresa para a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), informando que ela possuía “irregularidades que colocam em risco tripulantes e passageiros”.
 
 
Transporte precário
 
O texto do processo do MPF afirma ainda que a PEC Táxi Aéreo nunca teve qualquer tipo de auditoria para investigar as irregularidades, que expunham tripulação e passageiros sob risco de acidente.
 
“É recorrente que a empresa coloque pilotos com jornada de voo estourada para voar, lançando mão do código da ANAC de outro piloto com hora voo liberada, fato presenciado em diversos voos tanto executivos quanto aero médico na empresa", diz o documento.
 
Na denúncia do MPF-GO, foi detectada também outras irregularidades que incluem o descumprimento da regulamentação de pernoite dos tripulantes, instalação da maca, fiação elétrica e cabeamento de oxigênio destinados ao aeromédico precárias e fora das normas ideais de segurança e além da folga social dos pilotos.
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