A situação dos índios da etnia Kaxarari, que vivem em uma aldeia no distrito portovelhense de Extrema de Rondônia, localizado há mais de 300 km da área urbana de Porto Velho, continua dramática.
Grande parte dos indígenas está apresentando sintomas de COVID-19, porém não há leitos disponíveis na região para atender essas pessoas.
Alguns dos índios já apresentam agravamento dos sintomas e precisam urgentemente de remoção para leitos de UTI.
Em entrevista concedida a uma rádio local, os indígenas afirmaram que irão realizar uma manifestação no hospital regional de Extrema para exigir que eles sejam assistidos pelas autoridades competentes.
Jogo do empurra
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde – SESAU/RO, que afirmou que a questão dos indígenas de Extrema de Rondônia é de competência do Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI.
Em contato com o DSEI em Porto Velho, a reportagem foi informada que o problema é de responsabilidade do DSEI Purus, localizado no estado do Acre, e que eles não poderiam se manifestar até o DSEI acreano solicitar ajuda.
Após varias tentativas a reportagem não conseguiu contato com os representantes do DSEI Purus.
Desespero
Enquanto isso a situação continua desesperadora para os índios, que buscam socorro. A população indígena está no grupo prioritário do plano de imunização contra o COVID-19. Sobrinha do cacique Ze Cesar Kaxarari pediu socorro em entrevista ao locutor, Val Gomes, da Rádio comunitária de Extrema. A comunidade indígena está programando a realização de um protesto no Hospital Regional de Extrema, reinvindicando uma vaga na UTI ao cacique, em qualquer estado do Brasil.