VAI SOLDADO - Mais uma do Coronel indicado de Brasília - Por Paulo Andreoli

O DER/RO e seus dirigentes mais uma vez estão ganhando as manchetes de jornais

DA REDAÇÃO

06 de Maio de 2020 às 10:05

Atualizada em : 07 de Maio de 2020 às 09:33

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COTURNO MILIONÁRIO

O DER/RO e seus dirigentes mais uma vez estão ganhando as manchetes de jornais.

E desta vez não tem nada a ver com estradas esburacadas, nem a participação de pessoas 'estranhas' ao meio no conselho do Departamento de Estradas e Rodagens ganhando polpudos 'jetons'.

Na última semana, seu diretor, o Coronel do Exército Erasmo Meirelles e Sá foi sabatinado e teve seu discurso ufanista desmontado por deputado estaduais. Além de não levar relatório do que já foi feito, também não apresentou nenhum plano estratégico do que pretende fazer. Para variar, veio com discurso acusando outras gestões do esfarelamento das rodovias estaduais.

Desta monta, o coronel que não conhecia Rondônia e teve indicação via Brasilia foi denunciado pelo advogado Caetano Neto, presidente da Associação de Defesa dos Direitos da Cidadania em Rondônia.

O causidico fez a denuncia formal ao Tribunal de Contas e Ministério Público estadual por suposto "crime de responsabilidade, pela prática de direcionamento e fraude em contratação direta, sem licitação". Uma acusação grave que merece ser investigada.

O Coronel contratou uma empresa de Goiás para execução de serviço de administração, gerenciamento e controle de manutenção preventiva e corretiva dos maquinários do DER/RO.

Conforme publicação do portal OObservador, abro aspas, "O DER firmou contrato no valor de R$ 10 milhões de reais do FITHA - Fundo de Infraestrutura de Transporte e Habitação), recursos de arrecadação própria destinados para atender recuperação de estradas estaduais, fazendo uso da dispensa de licitação com pelo artigo 24 inciso IV da Lei de Licitação (Lei n. 8666/93). O inciso traz a hipótese permissiva em caso de emergência ou de calamidade o que revela, o DER faz uso do decreto da COVID19 para firmamento do contrato. Reputamos "fraude e ao mesmo tempo direcionamento".

Resumindo, contrataram uma empresa sem licitação para arrumar as máquinas quebradas, embasados no decreto estadual da pandemia do Coronavírus. E o advogado afirmou, "usar o decreto COVID-19 para justificar, é menosprezar os órgãos fiscalizadores."

INCISIVO

O tal inciso: IV que alegaram para contratar sem licitação diz, abro aspas novamente, "nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos".

FUÇANDO

Fui pesquisar a empresa vencedora' lá do Goiás', a Volus Tecnologia e Gestão de Benefícios. Na seu cadastro na Receita Federal tem como atividade principal a emissão de vales-alimentação, vales-transporte e similares.

A empresa também faz: consultoria em tecnologia da informação, tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet, holdings de instituições não-financeiras, administração de cartões de crédito, atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica e atividades de cobranças e informações cadastrais"

E também aluga" Máquinas e equipamentos comerciais e industriais não especificados anteriormente, sem operador".

Realmente a empresa que fica distante mais de 2 mil quilometros daqui é multi-tarefas. E já escrevi uma vez e retorno ao apelo:

- Coronel, peça para sair. Não se agonie que em Brasilia tem gente que gosta do senhor e não vai ficar 'rodado'.

SOU DE RONDÔNIA

Por qual motivo contratram uma empresa tão distante do local do trabalho? Não temos nenhuma empresa em Rondônia apta para executar este serviço? Sem ser 'bairrista', mas não seria melhor deixar este recurso milionário no estado? Qual ligação direta entre combate ao COVID com arrumar maquinas quebradas há mais de um ano?

SUCATA VOADORA

Falando em estripulia com dinheiro público, a quantas anda a manutenção da sucata voadora dos Bombeiros? O helicoptero de mais de 6 milhões de reais. Quando chega a Rondônia? O voo inaugural vai levar a familia de quem para testar?

60 DIAS

E os deputados suspenderam por sessenta dias o projeto que permitia baixar os valores devidos ao estado por grandes empresários. Dois meses é tempo que gata leva para parir uma ninhada de gatunos felizes.

ESCOLAS E CRIANÇAS

Uma postagem na rede social de uma professora dá uma opinião muito parecida com a minha em relação a educação em tempos de pandemia. Confira print Abaixo.

Direito ao esquecimento

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