Marielly teve o corpo encontrado em um canavial
Foto: Divulgação
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Hugleice da Silva, de 35 anos, que está foragido depois de tentar matar a facadas a esposa de 29 anos, neste domingo (18), em Rondonópolis (MT), deve se entregar à polícia nas próximas horas. Ele é acusado de esconder o corpo da cunhada, Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, em um canavial em Sidrolândia, em 2011 depois de um aborto malsucedido.
O advogado de Hugleice, José Roberto da Rosa, disse nesta segunda-feira (19) que ainda hoje deve se encontrar com seu cliente para uma apresentação espontânea à polícia de Mato Grosso. Rosa falou que conversou com Hugleice pelo telefone e que o crime teria sido cometido em um momento de raiva.
O cliente teria descoberto mensagens amorosas da esposa enviadas a outro homem, o que o teria deixado alterado. Segundo o advogado, ele teria desferido apenas um golpe de faca no pescoço da esposa, que foi levada para o hospital da cidade e seu estado de saúde é estável. “Ele disse que se arrepende e que estava nervoso no momento do crime”, falou Rosa.
Sobre o caso Marielly, o advogado afirmou que não há provas materiais que indiquem que Hugleice teria tido um caso extraconjungal com a cunhada, já que nenhum exame que comprovasse a materialidade foi feito na época. “Tudo não passou de especulação”, afirmou.
Na época do crime, Hugleice ficou preso por 45 dias e para a condição de sua liberdade deveria deixar atualizado seu endereço. De acordo com Rosa, ele estava trabalhando como gerente em uma empresa de sementes em Mato Grosso.
Ainda segundo o advogado é possível que Hugleice nem seja julgado pelo crime de ocultação de cadáver, já que a prescrição para o crime seria de quatro anos.
Caso Marielly
O crime, que causou comoção em Campo Grande, veio à tona quando foi registrado o desaparecimento de Marielly Barbosa Rodrigues no dia 21 de maio de 2011. O corpo da jovem foi encontrado no dia 11 de junho em um canavial em Sidrolândia, já em adiantado estado de decomposição.
Em investigações, a polícia chegou à conclusão que Marielly foi vítima de um aborto malsucedido cometido pelo enfermeiro Jodimar Ximenez Gomes.
No inquérito que apurou a morte também foi apontada participação direta do cunhado, Hugleice da Silva, na época com 28 anos. Ele teria engravidado a jovem e contratado o enfermeiro Jodimar para realizar o aborto. Tudo como uma tentativa de encobrir a traição, já que a esposa de de Hugleice era irmão de Marielly.
Durante a época das investigações, tanto a mãe quanto a irmã de Marielly afirmaram que colocariam a “mão no fogo” por Hugleice, e que ele não seria capaz de cometer o crime.
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