O estudo teve início em 2012, com a participação da Secretaria de Agricultura (Seagri), e reúne informações de relevante interesse para o setor mineral em Rondônia, enfocando dados geológicos, potencialidades minerais, direitos minerários, aspectos ambien
Foto: Divulgação
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O Serviço Geológico do Brasil (CPRM), em parceria com o governo de Rondônia, lançou na quinta-feira (23), na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sinduscon), em Porto Velho, os resultados do Projeto Rochas Carbonáticas do Estado de Rondônia.
O calcário é o principal insumo usado como corretivo da acidez dos solos, portanto, é indispensável para agricultura, fator determinante dos preços finais da produção agrícola. Entre as particularidades dos calcários de Rondônia, destaca-se a presença de cobre, em alguns casos maior que 10%, devido à presença de malaquita e calcocita, e de teores de manganês.
O estudo teve início em 2012, com a participação da Secretaria de Agricultura (Seagri), e reúne informações de relevante interesse para o setor mineral em Rondônia, enfocando dados geológicos, potencialidades minerais, direitos minerários, aspectos ambientais, socioeconômicos e de infraestrutura, tendo como alvo as ocorrências de rochas carbonáticas. Ao todo, foram investigados seis alvos: o Pimenta Bueno, que compreende a mina de calcário Felix Fleury da CMR, descoberta pela CPRM no fim da década de 1970 e seus arredores; Alto Alegre dos Parecis, Chupinguaia, Parecis e Nova Brasilândia do Oeste. Apenas no Alvo Abunã não foi encontrada ocorrência de calcário.
A CPRM realizou levantamentos espeleológicos na mina de calcário Félix Fleury com o objetivo de obter melhor entendimento do sistema cárstico presente e das limitações exploratórias que o patrimônio natural ali existente impõe à atividade minerária. Nessa região, encontra-se a maior e mais importante caverna de Rondônia, com biota própria e especial.
Na área da mina de calcário Félix Fleury também foi realizado levantamento geofísico terrestre por meio do emprego da técnica da eletrorresistividade, com o arranjo dipolo-dipolo, cujo objetivo foi avaliar a existência de cavidades subterrâneas e outras descontinuidades existentes em sub superfície numa extensão da área da principal frente de lavra, atualmente desativada.
Também foram avaliadas as condições de carstificação nos demais alvos potenciais com a pretensão de reconhecer os seus fatores condicionantes e, ao mesmo tempo, inventariar novas cavidades naturais subterrâneas e outros elementos naturais associados, protegidos por lei, antecipando orientações de boas práticas ambientais a fim de aproveitar o recurso mineral da melhor forma.
“Seja qual for a atividade, pecuária, agricultura, hortifrutigranjeiro ou a piscicultura, pode ser utilizado o calcário. Hoje não precisamos de grandes áreas para ter renda, mas, sim, incorporar tecnologias e correção”, explica o titular da Seagri, Evandro Padovani.
Com este produto, o Estado de Rondônia conta com mais um instrumento para orientar novos investimentos de empresas interessadas na produção de calcário agrícola e pesquisa mineral de rochas carbonáticas. Nesse sentido, o relatório se projeta como referência para o planejamento de novos investimentos, o que acrescenta importância ao presente trabalho.
SOBRE A CPRM
Trata-se de uma empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com a missão de gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrológico básico necessário para o desenvolvimento sustentável do País. Produtos, pesquisas e serviços são elaborados com o objetivo de fomentar a mineração, prevenir, remediar e mitigar os eventos extremos, promover o desenvolvimento sustentável do território e aumentar a disponibilidade hídrica.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!