No primeiro andar, funcionarão gabinetes e sala de informática; no terceiro, camarotes e ala administrativa.
Foto: Divulgação
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Mais de 30 anos depois da extinção do Serviço de Navegação do Guaporé (SNG), o Governo de Rondônia socorrerá duas vezes por mês comunidades ribeirinhas e moradores de ilhas carentes de saúde entre os municípios de Guajará-Mirim, Costa Marques e Pimenteiras do Oeste, na fronteira brasileira com a Bolívia.
Serviços médicos básicos, vacinações, curativos, atendimento dentário, orientações em geral serão oferecidos a cerca de 20 localidades e adjacências pela Unidade de Saúde Social Fluvial Walter Bártolo, também conhecida como barco da saúde ou barco hospital.
A unidade será oficialmente entregue no próximo dia 16, em ato que terá a presença do governador Confúcio Moura e outras autoridades estaduais.
Recuperado há um ano e meio pela Guajará Máquinas, o barco de dois andares terá a bordo uma equipe de 36 funcionários da saúde estadual, entre eles, médicos, enfermeiros, farmacêutico, dentista e auxiliares, bioquímico, assistente social, técnico de laboratório, técnico de enfermagem e tecnólogo da informação, informação, vacinador e psicólogo.
No primeiro andar, funcionarão gabinetes e sala de informática; no terceiro, camarotes e ala administrativa.
As ambulanchas Chico de Oliveira e Salomão Melgar [nomes que homenageiam dois políticos falecidos de Guajará-Mirim] seguirão viagem com o barco, e irão dispor de acessos adaptados em rampas, nas áreas de difícil acesso para as pessoas.
COOPERAÇÃO BOLIVIANA
Por satélite, a equipe comunicará a Porto Velho e Brasília as doenças mais comuns na fronteira com a Bolívia. Notificações e estatísticas de pacientes daquele País também poderão ser encaminhadas ao governo boliviano.
Esse atendimento poderá se estender à Bolívia, que no momento cria o seu Sistema Único de Saúde. Representantes do governo do País vizinho, em Guayaramerín [Departamento de Beni], na Amazônia Boliviana, ofereceriam a contrapartida de recursos humanos, combustíveis e medicamentos. No entanto, isso depende da intervenção diplomática, e o governo ainda aguarda análise e posicionamento do Ministério das Relações Exteriores.
Na edição de terça-feira (2), o Diário Oficial da União publicou a contratação de mais dois profissionais do Programa Mais Médicos para reforçar da unidade de saúde fluvial. Eles deverão se incorporar à equipe na segunda viagem programada.
“O barco é um posto de saúde completo, prestando serviços e prevenindo doenças. Nele também podem ser feitas pequenas cirurgias”, explicou a assessora especial da Casa Militar, Raissa Coelho Marques.
VEJA TAMBÉM: Barco Hospital da prefeitura leva atendimento aos ribeirinhos
As viagens serão feitas a cada 15 dias, em atendimento ao cadastro dos serviços no Ministério da Saúde.
Devido ao período de estiagem, que faz baixar o nível dos rios da região, a primeira viagem será até Ricardo Franco, onde também há comunidades indígenas.
Conforme a situação de cada um, pacientes atendidos nos consultórios do barco poderão ser encaminhados ao Hospital Regional de Guajará-Mirim, e dependendo da urgência, para o Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho.
COMUNIDADES QUE SERÃO ATENDIDAS
O roteiro de navegação em horas navegadas estabelece o atendimento às seguintes comunidades:
Guajará-Mirim/Deolinda, 7h
Deolinda/Barranquilha, 3h
Barranquilha/Sotério, 3h30
Sotério/Surpresa, 8h
Surpresa/Ricardo Franco, 4h
Ricardo Franco/Baía das Onças, 4h
Baía das Onças/Forte Príncipe da Beira, 6h
Segundo trecho
Forte Príncipe da Beira/Costa Marques, 5h
Costa Marques/Santa Fé, 1h30
Santa Fé/Santo Antônio, 10h
Santo Antônio/Fazenda Pau d’Óleo, 6h
Fazenda Pau d’Óleo/Pedras Negras, 5h
Pedras Negras/Porto Rolim, 10h
Porto Rolim/Laranjeiras, 8h
Laranjeiras/Pimenteiras do Oeste, 24h
Pimenteiras do Oeste/Cabixi, 8h
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