Grupos de servidores públicos municipais e comissionados da gestão Nazif compareceram massivamente no local. O prefeito não foi visto nos corredores, porém lideranças do PSB, partido de Mauro, estavam na câmara.
Foto: Divulgação
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A Câmara Municipal de Porto Velho teve uma manhã atípica nesta quarta-feira (29), centenas de populares lotaram os corredores e o plenário da casa de leis municipal para acompanhar a sessão que poderá resultar na abertura do processo de impeachment do prefeito Mauro Nazif.
Grupos de servidores públicos municipais e comissionados da gestão Nazif compareceram massivamente no local. O prefeito não foi visto nos corredores, porém lideranças do PSB, partido de Mauro, estavam na câmara.

Nos corredores entre um gabinete e outro a correria era grande, houve demora para o inicio da sessão devido ao fato de vereadores e assessores tentarem analisar de forma clara o pedido de impeachtant, fato que acabou gerando protesto dentro do plenário.
Não deve sair
Ao que tudo indica os vereadores se apressaram no ímpeto da abertura do processo e esqueceram-se de intimar o prefeito Mauro Nazif para depor sobre as denuncias á eles impetradas no pedido.
Sem Nazif ter tido sequer a oportunidade de defender-se perante seus pares no legislativo municipal, mesmo que a Câmara de Vereadores aprove a abertura do processo, a defesa jurídica do prefeito da capital rondoniense facilmente anularia a decisão dos vereadores, pois não houve um principio básico antes da abertura do processo, a ampla defesa da parte acusada.
Resta aos vereadores fiscalizarem as denuncias imputadas ao chefe do município para apresentarem a sociedade portovelhense as respostas de diversos questionamentos sobre a gestão de Mauro Nazif.
Pontos discordantes
Porém, existem alegações entre políticos do estado que discordam que o processo não pode ser aberto sem o prefeito ser ouvido. De acordo com o deputado estadual eleito, Jesuíno Boabaid, que acompanhou a sessão, o prefeito de Porto Velho pode sim ter seu pedido de impeachment aberto.
Segundo Jesuíno, de acordo com o regimento orgânico do município, caso os vereadores abrissem o processo, Mauro Nazif seria afastado durante 90 dias para que fossem apuradas as denuncias, durante esse período, afastado da chefia do executivo e sem poder interferir nas investigações, o prefeito teria toda a oportunidade da defesa do contraditório, esclareceu Jesuíno.
Ofensas dentro da Câmara
Um fato curioso aconteceu dentro da câmara durante a sessão, o denunciante do processo que pedia o impeachment do prefeito, o jornalista Carlos Caldeira, foi cumprimentar o secretário municipal de trânsito, Coronel Carlos Gutemberg, e acabou sendo recepcionado com um “Vai te fu***”.
Indignado, o denunciante Carlos Caldeira retirou-se da casa de leis.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!