ESTUDO BRASILEIRO: Consumo de adoçantes pode estar ligado a demência e perda de memória

Estudo conduzido pela USP acendeu um alerta sobre os possíveis efeitos dos adoçantes artificiais na saúde do cérebro

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Foto: Adobe Stock

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Um estudo conduzido pela USP acendeu um alerta sobre os possíveis efeitos dos adoçantes artificiais na saúde do cérebro. A pesquisa, que analisou dados de mais de 12 mil brasileiros do ELSA-Brasil, indica que o consumo diário e em altas doses dessas substâncias pode acelerar em 62% o declínio cognitivo, com impactos na memória, fluência verbal e velocidade de raciocínio. Os efeitos foram mais intensos entre pessoas de 35 a 60 anos, e indivíduos com diabetes também mostraram maior propensão a sofrer processos neurodegenerativos quando usam grandes quantidades de dulcificantes.
 
Segundo a coordenadora do estudo, Claudia Suemoto, já existem indícios de que adoçantes podem estar associados a câncer, doenças metabólicas e cardiovasculares. O novo trabalho, porém, amplia o alerta ao mostrar que o cérebro também pode ser afetado. Para isso, os pesquisadores avaliaram a dieta detalhada dos participantes e realizaram testes cognitivos no início, meio e fim do período de acompanhamento, mensurando memória, linguagem e raciocínio.
 
As análises foram ajustadas para fatores como idade, nível de atividade física, índice de massa corporal e comorbidades. Ainda assim, Suemoto ressalta que algum grau de confusão residual é inevitável em pesquisas sobre dieta e saúde. Mesmo com limitações, os resultados foram considerados robustos e publicados na revista Neurology. O estudo não avaliou a sucralose hoje amplamente consumida porque a substância não era comercializada à época. No entanto, estudos internacionais apontam que ela não deve ter efeitos diferentes dos demais adoçantes artificiais.
 
A geriatra Manuella Toledo Matias lembra que controlar fatores de risco modificáveis pode reduzir em até 40% as chances de desenvolver demência. Ela recomenda evitar adoçantes artificiais e priorizar alimentos naturais, reforçando a orientação de “descascar mais e desembalar menos”. Pesquisas anteriores do próprio ELSA já mostravam que dietas ricas em ultraprocessados aceleram em 28% o avanço da demência. O novo estudo reforça a necessidade de reavaliar o uso excessivo de adoçantes no cotidiano e seus possíveis riscos à saúde cerebral.
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