. Dois homens teriam arrombado a sala de Informatica e furtado diversos aparelhos eletrônicos, inclusive uma televisão.
Foto: Divulgação
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Porto Velho, RO – Um caso que envolve os setores da educação e segurança pública em Rondônia tem tomado proporções insustentáveis. A Escola Estadual Maria Carmosina Pinheiro, localizada no bairro Tiradentes, foi saqueada pela nona vez por marginais somente este ano.
A revelação foi feita pelo diretor da escola Júnior Freire (47) ao repórter Pedro Silva, do jornal eletrônico Rondônia Dinâmica.
De acordo com ele, o Governo do Estado teria tirado de serviço, há dois anos, os vigilantes que proporcionavam segurança nas escolas visando economia aos cofres públicos.
Freire contou ainda que, apesar da implantação da Patrulha Escolar, feita em parceria com a Polícia Militar e da aquisição de câmeras de vigilância – cada escola recebeu dez mil reais para implementar o sistema – o índice de furtos tem aumentado.
A última ação de bandidos na escola Maria Carmosina ocorreu na madrugada desta sexta-feira (29), por volta das 03h. Dois homens teriam arrombado a sala de Informatica e furtado diversos aparelhos eletrônicos, inclusive uma televisão.
Há vinte dias, segundo o diretor, teria acontecido episódio semelhante no mesmo lugar. Um pouco antes, no dia 24 de maio, os criminosos ousaram e atacaram o colégio duas vezes no mesmo dia, às 18h e quase duas horas depois, numa segunda incursão.
– Desde 2012 quando os vigilantes saíram das escolas ficamos vulneráveis. Foram mais de dezesseis furtos de lá pra cá. Só este ano foram nove – relatou.
Júnior alegou que quando havia atuação dos profissionais em vigilância nas escolas não havia registro de furtos.
A autônoma Paula Santos (41) é a responsável pela cantina da Maria Carmosina e também falou a respeito:
– Estou aqui há seis anos. Só este ano fui furtada quatro vezes. Duas só este mês. Os suspeitos acham facilidade para agir. A impunidade é grande! Eles quebraram o cadeado da porta, levaram um microondas, uma sanduicheira e produtos alimentícios. Tive um prejuízo de mil e quinhentos reais. É um absurdo! Não sei mais o que fazer – lamentou.
Marcus Amaral, diretor administrativo e financeiro da SEDUC (Secretaria de Estado da Educação) deu a posição do Governo do Estado sobre os episódios:
– Fiquei sabendo do ocorrido hoje pela manhã. Ainda não falei com o diretor da escola furtada. Iremos analisar se o diretor realizou a instalação do equipamento de segurança corretamente. A secretaria está à disposição e, o que deve ser feito agora, é o diretor da escola registrar um boletim de ocorrência a respeito do caso. As perdas serão repassadas à escola. Será necessário fazer três cotações do material que será adquirido. A escola não pode estar inadimplente – salientou.
Amaral reiterou que foi firmado convênio com a Polícia Militar para fazer a segurança dos alunos através do Patrulha Escolar.
– Uma equipe policial percorre as imediações das escolas que há maior risco, realizando trabalho de monitoramento. Há mais de trinta dias não se tem registro de furtos em escolas estaduais. O dinheiro economizado com a saída dos vigilantes, cerca de cinqüenta e quatro milhões de reais ao ano, é aplicado na educação, na reforma e ampliação dos colégios. Um exemplo foi a compra de equipamento de segurança, recente reforma elétrica e refrigeração. Algumas escolas estão há mais de vinte anos sem a devida refrigeração. Apenas vinte escolas foram furtadas este ano – concluiu.
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