VILHENA – Presos se rebelião em presídio de segurança máxima

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Foto: Divulgação

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De acordo com o Comandante Geral da Polícia Militar Paulo Gonçalves, a rebelião teve início quando um grupo de presos conseguiu cortar uma tela que separava o corredor do presídio e dava acesso ao local onde se encontravam os agentes penitenciários, onde conseguiram abrir as celas.
Tanto o complexo A quanto o B foram tomados pelos presidiários, que conseguiram provocar um curto na rede elétrica usando as faíscas para colocar fogo em colchões.
Os detentos fizeram outros presos de refém, sendo que 10 deles passaram a ser ameaçados de morte, sendo um dos reféns amarrado no corredor.
Rapidamente os agentes conseguiram retirar alguns dos que estavam sendo ameaçados, transferindo-os para um local distante de onde os rebelados se encontravam. Ainda assim os reféns tiveram ferimentos como cortes no rosto, lesões provocadas por agressões e um deles teve um deslocamento da clavícula, sendo esse o primeiro preso a ser conduzido ao Hospital Regional de Vilhena.
Rapidamente os militares que estavam na cidade foram deslocados para o presídio, enquanto os que se encontravam de sobre-aviso ou até mesmo de folga, foram chamados para manter o policiamento em Vilhena.
As negociações só começaram por volta da meia-noite, mesmo que o Juiz Dr. Adriano Toldo e o Promotor de Justiça Elicio de Almeida já estivessem no local desde as 21 horas, porém, não havia como se aproximar dos detentos, que causavam um grande tumulto, batendo em grades, gritando e ainda queimando parte do presídio.
Por volta das 00h:30min os primeiros familiares começaram a chegar, muitos desesperados devido a informações desencontradas, na qual alguns afirmavam ter lido que haviam dois presidiários mortos, fato que não era verídico.
Houveram diversos momentos de grande tensão, onde em alguns parecia que seria necessário a intervenção direta da polícia, invadindo o local, porém, a todo momento a imprensa era informada, assim como os familiares, que invadir o local seria a última opção, apenas se percebessem que os detentos fariam vítimas fatais.
Quando os detentos começaram a diminuir o barulho que faziam e se acalmar, deu-se início às negociações, que eram dificultadas pelo fato de não haver alguém a frente de tudo aquilo, a cada momento um novo preso começava a dar ordens. Sendo que a situação ainda era pior na ala A, onde os presidiários não aceitavam negociar.
Perto das duas da manhã finalmente teve início as negociações, os presidiários exigiam falar com o Juiz, além de querer a imprensa no local e ainda fizeram questão que alguns familiares fossem até um local que eles pudessem ver.
Três mulheres, sendo duas esposas e a mãe de três dos 216 detentos foram chamadas, como duas já estava em frente ao presídio os policiais conseguiram que eles se “contentassem” em ver as duas.
Três presos de cada ala foram escolhidos para negociar o fim da rebelião, momento em que houve pelo menos uma hora de silêncio no presídio, que foi quebrado pelos detentos da ala B, que voltaram a bater em grades, portas e iniciar uma nova gritaria, que também durou poucos minutos, mas foi o suficiente para levar familiares ao desespero.
Os rebelados fizeram diversas exigências, entre elas: Mais períodos de banho de sol, mais tempo de visita, melhor alimentação, entrada de cigarros no presídio e a principal delas sendo a troca do Diretor do presídio.
Até o momento não se sabe quais medidas serão tomadas, mas, após apresentar as reivindicações ao Juiz Adriano Toldo, os detentos voltaram para suas celas e logo após foram levados ao banho de sol, para que as celas fossem revistadas e os presos contados.
Ao fim da rebelião ficaram agora os cálculos dos prejuízos causados, já que os danos ao presídio foram muitos, mas felizmente nenhuma vítima fatal foi feita, além de não ter sido necessário que a Polícia Militar invadisse o presídio, o que poderia ter causado ainda mais feridos.
Em breve o Folha de Vilhena irá postar alguns vídeos de dentro do presídio.
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