Trabalhadores em educação definem paralisação das atividades na próxima semana
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Sem uma resposta satisfatória do governo do estado à pauta de reivindicações apresentada ainda em dezembro de 2013, os trabalhadores em educação da rede estadual de Rondônia poderão paralisar as atividades a partir da próxima semana.
Reunião do Sistema Diretivo do Sintero, com a participação de todas as Regionais, deliberou pela participação na greve nacional, convocada pela CNTE, com atividades nos dias 17, 18 e 19 de março.
No dia 17 serão desenvolvidas atividades nas Regionais, dia 18 será realizada uma grande assembleia e ato público em Porto Velho com a participação de caravanas de todo o Estado, e o movimento poderá continuar a partir do dia 19, se não houver uma negociação com o governo.
Os trabalhadores em educação estaduais reivindicam reajuste salarial, a continuidade da gratificação de 7,97% que acabou em dezembro, a reposição da inflação de 2012 prometida pelo governo em 2013 no índice de 5,87%, além de outros itens, como o pagamento da licença prêmio em pecúnia, outra promessa do governo não cumprida, o retorno do auxílio saúde aos aposentados, a atualização das progressões, e o cumprimento da Lei nº 680/2012 (Lei do Plano de Carreira da Educação).
Embora a direção do Sintero e representantes do governo já tenham se encontrado três vezes para discutir a pauta, não houve qualquer avanço que indique o atendimento das reivindicações.
Todas as reuniões se resumiram no argumento do governo de que não há recursos para o atendimento das reivindicações, o que não é aceito pelos trabalhadores em educação, já que algumas situações não são explicáveis.
É o caso da gratificação de 7,97% que vinha sendo paga até dezembro através de verbas de custeio da Seduc, e agora o governo diz que não tem dinheiro para continuar pagando. “Como não tem dinheiro? Esses recursos são da educação. Deixando de pagar essa gratificação, onde esse dinheiro será usado?” questionou o presidente do Sintero, Manoel Rodrigues.
Outra situação que não tem explicação é a economia feita pelo governo com o fim dos contratos das empresas de vigilância privada, que só em 2013 consumiriam mais de R$ 50 milhões em recursos da educação.
“O fato é que os salários dos trabalhadores em educação estão ficando cada vez mais achatados, não estão acompanhando nem a inflação, o que agrava ainda mais a situação, mantendo esses profissionais com os piores salários entre os servidores do Executivo estadual”, disse Manoel Rodrigues.
Segundo a direção do Sintero, o governo do estado pode evitar uma greve na educação, poupando a sociedade de mais prejuízos. “Está nas mãos do governo. Se acontecer outra greve na educação, a responsabilidade é do governo”, finalizou o presidente do Sintero.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!