Exército transfere restante das peças do acervo da EFMM que estava se perdendo em galpão alagado - FOTOS

Uma boa parte já havia retirada e levada para o Prédio do Relógio há alguns dias, porém as peças que ficaram e que integram o acervo estavam se perdendo.

Exército transfere restante das peças do acervo da EFMM que estava se perdendo em galpão alagado - FOTOS

Foto: Divulgação

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Parte do acervo, algumas de madeira, que foram retiradas de dentro do galpão alagado (Foto: Antônio Ocampo)
Na manhã desta sexta-feira (21) soldados do 5º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) estiveram no Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), área ribeirinha de Porto Velho, onde 10 soldados foram fazer a transferências de algumas peças do acervo patrimonial que tinham ainda ficado no local. Devido a maior cheia dos últimos 50 anos na Capital, as peças que ficaram estavam se deteriorando, algumas submersas dentro do galpão.

O serviço foi acompanhado por Nildete Arruda, museóloga e funcionária pública lotada na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócioecônomico e Turismo (Semdestur), funcionários da Fundação Cultural, e o museólogo Antônio Ocampo - que divulgou na imprensa e redes sociais a necessidade urgente do poder público municipal de fazer a retiradas das peças. Uma boa parte já havia sido retirada e levada para o Prédio do Relógio há alguns dias, porém  as peças que ficaram e que integram o acervo estavam se perdendo.

De acordo com Ocampo, essa ação só pode ser feita porque ele chiou junto a imprensa, quando alguns veículos de comunicação mostraram real situação do galpão alagado. Ele contou com a colaboração de Michele Tolentino, da Associação dos Turismólogos de Rondônia, que intermediou junto a secretária da Fundação Cultural, Jória Baptista de Souza Lima, para que fosse autorizada a remoção dessas peças.

Nildete Arruda, da Semdestur, que estava acompanhando a retirada das peças pessoalmente pelo Exército, disse à reportagem que todas as peças que se encontram no Prédio do Relógio serão conferidas junto ao catálogo oficial, assim como as que foram transferidas nesta manhã. Ela ressaltou que na aferição além da contagem  serão observados também os danos causados nas que foram atingidas pelas águas.

Ela lamentou, no entanto, que algumas peças do acervo, como uma locomotiva e tornos,  que pelo tamanho ou proporção de peso muito alto não possam ser retiradas por não haver condições, terão que ficar no local. “Ficaram peças que são impossíveis de serem retiradas, algumas de aço – que não constitui em problema de deterioração, mas o que podemos tirar e foi possível já está sendo levado para o local determinado”, lembrou.

Entre as peças retiradas algumas eram de madeira, o que revoltou o museólogo Ocampo, que achou absurdo elas não terem sido movidas antes da cheia ter atingido o galpão. Havia armários, mesas e um timão.

“Pelo amor de Deus, absurdo esse patrimônio se perder assim. Tem móveis de madeiras centenárias que ainda ficaram dentro do galpão. Descaso do poder público. Eu culpo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ipham) e a Superintendência do Patrimônio da União (SPU-RO) por esse desatino. Esse acervo jamais deveria ter sido entregue ao município é um patrimônio histórico e que cabe responsabilidade federal. Olhe a situação em que se encontra. Precisamos de pessoas sérias e comprometidas com a história de nossos pioneiros para administrar esse legado, se não em pouco tempo vamos perder tudo”, lamentou Ocampo.

 

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