Defesa Civil decreta estado de alerta após cheia do Rio Madeira

Defesa Civil decreta estado de alerta após cheia do Rio Madeira

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Foto: Divulgação

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O município de Porto Velho está em estado de alerta por causa da elevação do nível do Rio Madeira. O alerta foi divulgado nesta quinta-feira (09) pela coordenadoria de Defesa Civil do município de Porto Velho, que atua em parceria com a Defesa Civil do Estado.
Atualmente o nível do Rio Madeira está em 14,50 metros. A elevação era esperada somente para o período de março, quando historicamente atinge sua maior elevação. Outro comunicado da Defesa Civil é que a partir do dia 15 de fevereiro a cota do Rio Madeira deverá subir acima do previsto. 
Caso o período chuvoso continue ocorrendo com freqüência na cabeceira do Rio Beni, na Bolívia, essa cota deverá aumentar significativamente, podendo ultrapassar os 16,3 metros, colocando o município em estado de Emergência.
“Trabalhamos com estatísticas de anos anteriores, sobretudo por conta da cota atual do Rio Madeira, que era prevista somente para março, chegando até o mês de abril com a vazante”, disse o coordenador da Defesa Civil do município, coronel José Pimentel.
As duas maiores cheias registradas na capital ocorreram em 1982 e 1997, quando o nível do Madeira chegou à sua cota máxima, com elevação de 17,50 metros.
Com o nível das águas do Rio Madeira acima do normal, o risco de inundação é grande, podendo afetar principalmente os moradores ribeirinhos ou de regiões propensas a alagação. No caso de Porto Velho, o risco fica por conta dos igarapés, como o “Bate Estaca” e o “Areia Branca”, riachos que deságuam no Rio Madeira.
No distrito de Calama, no Baixo Madeira, a Defesa Civil municipal segue com o estado de alerta desde março do ano passado, o que vem sendo prorrogado por um prazo de 90 dias.
Naquela região, segundo o coordenador, ocorre o deslocamento ininterrupto dos barrancos, fenômeno conhecido como erosão do solo. Ação foi diagnosticada durante um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) de Brasília, que apontou a causa com um processo natural.
O coordenador da Defesa Civil municipal discorda do Instituto e afirma que o efeito começou a ser diagnosticado com mais freqüência após a abertura dos vertedouros da Usina de Santo Antônio.
“O desbarrancamento vem ocorrendo com muita freqüência nos distritos do Baixo Madeira, principalmente em Calama e São Carlos. Não posso afirmar realmente que é por conta das usinas, pois os laudos que a Defesa tem são do IBAMA, mas existe uma enorme relação com a abertura das comportas pela usina”, disse.
Por conta disso a Defesa Civil do Município vem trabalhando junto à população e aos órgãos fiscalizadores. O Estado tem papel importante nesse trabalho de alerta. “O Estado é nosso parceiro, designando sua estrutura quando solicitado”, informou.
PARCERIA
A Defesa Civil do Município, prevendo uma possível grande cheia do Rio Madeira, vem buscando apoio junto ao Governo do Estado por meio da Secretaria de Planejamento, que requisitou a área do antigo Parque de Exposição Expovel.
“O pedido ainda em analise servirá para construção de módulos, podendo comportar até 500 pessoas, caso venha a ser preciso”, declara o coordenador da Defesa Civil do município. “Além do mais, trabalhamos com a ajuda dos nossos parceiros, como é o caso do Exército.
A Defesa Civil do Estado é coordenada pelo Comando Geral do Corpo de Bombeiros, que coloca o efetivo em serviço todas as vezes em que o governo é solicitado.
Oito municípios no Estado contam com grupos de trabalho da Defesa Civil, mas a meta do governador Confúcio Moura é ampliar esse pessoal nos municípios.
“Para isso o governo de Rondônia não tem medido esforços, ampliando a estrutura do Corpo de Bombeiros. Quando solicitado, deverá agir prontamente”, destaca o chefe de Divisão de Planejamento e Execução de Operações da Defesa Civil, tenente Artur Luiz Santos.
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