A dificuldade no agendamento de exames em Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Capital tem causado revolta a pacientes e familiares que consideram desumano o tratamento oferecido pelo serviço de saúde pública.
Foto: Divulgação
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A dificuldade no agendamento de exames em Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Capital tem causado revolta a pacientes e familiares que consideram desumano o tratamento oferecido pelo serviço de saúde pública. Segundo denúncias, é comum a formação de enormes filas de espera no início da madrugada nas portas das principais unidades de saúde de Porto Velho. O problema, no entanto, não fica apenas nas longas filas e sim, na informação recebida após horas de espera.
Espera das pessoas na policlínica gera revolta.
“Você chega lá na Policlínica Manoel Amorim de Matos, na zona sul as quatro da manhã e as oito eles começam a distribuir fichas para você ser atendido. E esse atendimento é para você conseguir agendar daqui a não sei quanto tempo um exame de urgência, como é o meu caso. Mas aí, um servidor que deve ter dormido muito bem a noite inteira na sua cama confortável, chega para aquele monte de gente que passou a madrugada inteira ao relento e diz que não vai ter agendamento nenhum porque o sistema está fora do ar. E você vai embora, volta no dia seguinte e acontece a mesma coisa, e o mesmo se repete durante toda uma semana. É ou não é para deixar o povo revoltado?”, questiona Francisco das Chagas, que enfrenta dificuldades para marcar os exames da esposa que necessita de uma cirurgia de urgência.
Segundo ele, o sistema de distribuição de fichas só piorou a saúde pública de Porto Velho. “Antigamente era muito mais fácil. Pra marcar exames era só ir à Central de Atendimento ou no Osvaldo Cruz e pronto você já saía com a data certa para realizar os exames pedidos pelo médico. Agora é esse absurdo. Que sistema é esse que vive fora do ar e não ajuda ninguém? A população está muito indignada, estamos pedindo pro governador e pro prefeito não fazer isso com a gente não. Eles tinham que voltar com o atendimento de antes que era muito mais rápido e menos humilhante pra gente que precisa”, desabafa Chagas.
Procurado pela reportagem, o secretário Municipal de Saúde, Domingos Sávio Fernandes informou que tanto a Semusa quanto a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) já estão preparados para implantar um projeto piloto que prevê o retorno do sistema antigo de agendamento de consultas. Segundo o secretário, inicialmente o programa será implantado em duas das principais unidades de saúde do município.
“A ideia é justamente acabar com essas filas e vamos começar pela Policlínica Manoel Amorim de Matos, na zona sul e na Hernandes Índio na zona leste. Vamos acabar com a distribuição de fichas e começar a atender a demanda espontânea. Não podemos deixar de atender a população por causa de sistema que fica fora do ar a todo instante, mas também não podemos deixar de tê-lo. Todas estas informações são repassadas para o Ministério da Saúde que por sua vez nos repassa recursos financeiros baseados nestes dados. Porém, vamos fazer o possível para melhorar a vida da nossa população de uma forma que seja conveniente para todos. Daqui a 15 dias vocês podem me procurar para saber se tudo estará funcionando tranquilamente”, desafia o secretário.
Ainda de acordo com o secretário, o retorno do atendimento às demandas espontâneas nos dois postos de saúde da zona sul e leste iniciariam nesta terça-feira.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!