A situação é dramática, pois desta vez não haverá substituição das empresas que terão os contratos encerrados em outubro; com isso os vigilantes demitidos não serão reaproveitados por outras empresas.
Foto: Divulgação
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Nesta sexta-feira (13), as 8h00, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Vigilância (SINTESV) será realizada uma assembléia com os vigilantes que trabalham nas escolas estaduais e demais setores da educação estadual, para deliberar sobre paralisação por tempo indeterminado. A reivindicação é que o governo mantenha o serviço de vigilância nas escolas, mesmo com redução, e garanta o pagamento das verbas rescisórias de milhares de vigilantes que serão demitidos agora em outubro.
Após inúmeras reuniões e audiências, na Assembléia Legislativa, no Ministério Público do Trabalho (MPT) e na Procuradoria Geral do Estado (PGE) o SINTESV constatou que não há a menor preocupação da equipe do governador Confúcio Moura em resolver o problema das 2.500 demissões dos vigilantes que atualmente prestam serviço nas escolas estaduais e demais setores da Secretaria da Educação (SEDUC).
O governo se recusa a manter o serviço de vigilância, mesmo que reduzindo um percentual e mantendo o serviço, pelo menos, nos horários de aula; por outro lado, as empresas tiveram novamente parecer contrário da PGE para realinhar os valores dos contratos que estão sem correção há dois anos e já informaram, inclusive para os deputados estaduais e ao MPT, que não terão condições de pagar as verbas rescisórias.
A situação é dramática, pois diferente do que ocorreu em todos os governos ao longo da história, desta vez não haverá substituição das empresas que terão os contratos encerrados em outubro; com isso esse imenso contingente de vigilantes demitidos não serão reaproveitados por outras empresas, já que o governador determinou o fim do serviço de vigilância nas escolas e irá substituir os vigilantes por câmeras de monitoramente remoto; todos ficarão desempregados.
O SINTESV denúncia que além de desempregados, esses 2.500 vigilantes não receberão suas verbas rescisórias pelas vias normais e terão que recorrer à Justiça, pagando os custos de honorários com advogados e com demora imprevisível para receber seus direitos trabalhistas, das empresas ou do Estado. Para o Presidente do Sindicato, Paulo Tico, "É uma grande irresponsabilidade do governo, acabar com o emprego dos vigilantes e ainda deixar os trabalhadores sem receber ao menos os seus direitos".
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!