PAINEL POLÍTICO – A greve carnavalesca do Sintero – Por Alan Alex

Da Redação

28 de Fevereiro de 2012 às 17:32

Compartilhar via

Siga a gente no Google News

Compartilhar no Whatsapp

PAINEL POLÍTICO – A greve carnavalesca do Sintero – Por Alan Alex

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.

ENTRAR NO GRUPO

Greve

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia decidiu fazer greve. No carnaval. O movimento teve início na semana das festas momescas com prazo para encerrar no fim de fevereiro. Mas ao que tudo indica, a coisa não está funcionando. A Secretaria de Estado da Educação apresenta um número, 27% de profissionais parados e o Sintero outro. Sem especificar, falam em 70% ou mais que estariam de braços cruzados.

Evidente

Que professor no Brasil ganha um salário miserável. Ter um piso nacional com pouco mais de R$ 1.400 é praticamente um acinte, mas a culpa disso é a complicada situação financeira da maioria dos municípios. Mas o Sintero também resolveu “paralisar” as atividades na rede municipal. Louvável, já que Roberto Sobrinho, que foi secretário municipal de educação de José Guedes e crítico ferrenho dos baixos salários pagos pelo município (vale destacar que ele não moveu uma palha pela categoria quando comandou a Semed), não havia enfrentado nenhuma greve em sua gestão. E pelo visto saiu invicto, já que a “greve carnavalesca” acabou antes de começar.

Defensores

Os aliados do prefeito vão dizer o contrário, que Roberto foi “um grande secretário”, mas não foi. O PT dessa época era combativo e apoiava com ênfase os movimentos grevistas. O PT de agora não quer nem ouvir falar em greve, por que atualmente é governo. Vamos ver como vai ser caso perca a administração da Capital.

Pior

Foi o Sintero ter que explicar o pagamento de licença prêmio a seus diretores, Manoel Rodrigues, Nereu Klosinski, Claudir Mata e Haroldo Félix. Em nota o sindicato afirma ter “denunciado” esse pagamento, mas em momento algum os diretores abriram mão de receber na frente dos demais “companheiros”. Poderiam muito bem ter pedido para receber junto com os outros.

De qualquer forma

Vamos torcer para que a categoria consiga fazer um acordo satisfatório. A profissão de educador vem se tornando cada vez mais espinhosa e menos valorizada. Mas passou da hora dos professores e técnicos tirar do poder os novos “velhos” diretores. O sindicato precisa de sangue novo, passar por uma reformulação. Vamos torcer que isso aconteça no futuro próximo.

Nota

O deputado federal Rubens Moreira Mendes subiu na tribuna da Câmara Federal e em discurso falou sobre sua condenação pela justiça de Rondônia. No fim da coluna a íntegra da nota lida pelo parlamentar no plenário. Nós já havíamos comentado sobre esse caso.

Corrigindo

A coluna recebeu uma informação errada sobre a professora Berenice Tourinho e devido ao horário de fechamento cometeu uma falha grave ao não checar a informação. Berenice Tourinho é esposa do médico radiologista Eudes Tourinho e não ex-esposa do reitor interventor da Unir na década de 80. Pedimos desculpas pela falha e mantemos as demais opiniões.

Na Assembléia

Incertezas, tensão no ar e muita gente “sartando de banda” no que diz respeito ao processo de cassação do deputado Valter Araújo. Quase ninguém quer conversa com a tal comissão processante. Neodi havia sido indicado para compor a comissão, mas abriu mão. A votação deverá ser secreta, o que a princípio garante certa “tranqulidade” a quem quiser votar pela permanência de Valter. Mas é bom lembrar que caso a Assembleia opte por não cassar o mandato do presidente afastado, a imagem da Casa, que já não anda lá essas coisas vai piorar, e muito.

Decidido

Hermínio Coelho está decidido em cassar o mandato de Valter. Ele sabe que a situação do parlamentar que está foragido desde dezembro é irreversível. Mas nesse caso específico uma andorinha só não faz verão. Ele precisa do apoio de seus pares e parece que Valter ainda exerce grande influência junto a alguns parlamentares. Tem gente que fala que o deputado afastado teria gravações que a PF não tem e isso estaria sendo usado como intimidação. Pelo comportamento de alguns, parece que essa conversa tem algum fundo de verdade.

Lembrando

Os deputados na verdade se baseiam no passado recente, a Operação Dominó. O ex-deputado e ex-presidente daquela Casa Carlão de Oliveira ficou mais de 100 dias preso e conseguiu retornar ao cargo pelas mãos da justiça. O único deputado que renunciou ao mandato, Emílio Paulista, foi também o maior prejudicado. Todos os demais indiciados conseguiram concluir seus mandatos e tocam a vida como se nada tivesse acontecido. É esse exemplo que a atual legislatura se espelha.

Em Ji-Paraná

Se a votação pelas contas do senador Acir Gurgacz fosse hoje, a Câmara manteria a decisão do Tribunal de Contas do Estado. Mas os vereadores estão aguardando alguma manifestação por parte de Acir. Vamos acompanhar o desenrolar dessa situação.

Agenda

O governador Confúcio Moura esteve reunido na residência da governadora do Maranhão Roseana Sarney para tratar de vários temas que envolvem a economia dos estados brasileiros como a renegociação da dívida dos estados com a União, divisão dos royalties do petróleo, PEC 300, comércio eletrônico e a flexibilização do quórum no Confaz. Mas Confúcio também vai aproveitar a visita na Capital Federal para fazer uma pressão sobre a transposição dos servidores, caso que vem tirando o sono do governador e dos servidores que aguardam ansiosos uma definição.

Em Brasília

Elizete Lionel, representante do governo na Capital Federal fica exatamente onde está. Ao menos por enquanto. Oficialmente ela negou que vá pedir demissão do cargo. Por “pedir demissão” no governo Confúcio entenda trocar de função. De qualquer forma, apesar de muita gente ter comemorado a notícia de sua possível saída, ela permanece na função.

Voando

E o empresário Miguel Saud Morheb, preso na Operação Termópilas, toca a vida como se nada tivesse acontecido. No último fim de semana estava no aeroclube da Capital brincando com seu aeromodelo de R$ 40 mil.

Pílulas para dormir podem aumentar risco de morte

Um estudo americano publicado na revista on-line “BMJ Open”, do “British Medical Journal”, mostrou que usuários de remédios para dormir têm quatro vezes mais risco de morrer do que pessoas que não tomam este tipo de medicamento, embora o risco absoluto continue sendo relativamente baixo. O trabalho comparou dez mil pessoas que usam hipnóticos com 23 mil que não usam. O estudo, realizado por pesquisadores do Centro de Medicina Preventiva Jackson Hole, em Wyoming, e da clínica do sono Viterbi, na Califórnia, constatou que os pacientes que usavam diversos típos de pílulas para dormir, como benzodiazepínicos, barbitúricos e anti-histamínicos, tinham até 4,6 mais chance de morrer. Além disso, um em cada 16 pacientes do grupo que tomava pílulas para dormir morreu, enquanto no grupo de não usuários houve uma morte em cada 80 pacientes. Os pesquisadores dizem que ainda não está claro porque o risco de morte aumenta entre quem usa remédios para dormir. No trabalho, eles procuraram isolar ao máximo fatores que pudessem influenciar o resultado, como problemas de saúde dos voluntários. Quem usa remédios para dormir fica mais propenso a sofrer quedas e outros acidentes. Também pode ter seu padrão de respiração alterado. Além disso, há estudos relacionando estas drogas ao aumento do risco de suicídio. A nova pesquisa americana também relacionou o uso de altas doses de hipnóticos ao aumento do risco de câncer.

Fale conosco

Para entrar em contato com a coluna você pode enviar um email para alan.alex@gmail.com – nos encontrar no Facebook.com/painel.politico, no Twitter @painelpolitico e ainda pelo endereço www.painelpolitico.com. Também pelos telefones (69) 9248-8911 e (69) 3219-3474.

Nota do deputado Rubens Moreira Mendes sobre sua condenação

Recentemente meu nome foi citado em matéria jornalística como supostamente atingido pelos efeitos da lei da ficha limpa e que estaria inelegível por 8 (oito) anos e, portanto, fora da vida pública, isso tudo por força de condenação em ação civil pública, proferida por juiz de primeiro grau e confirmada pelo Tribunal de Justiça de Rondônia. Em respeito aos meus eleitores e a população do meu estado, sobre os fatos esclareço:

Quero destacar que fui um dos parlamentares que mais ativamente trabalhou para aprovação da lei Complementar n. 135/2010 que ficou conhecida como lei da ficha limpa. Acredito que a consolidação da democracia e o desenvolvimento do Brasil só se darão com uma profunda reforma política e o expurgo da vida pública pessoas descompromissadas com o bem comum.

Posso afirmar com a consciência tranquila que baseei minha vida pessoal em rígidos preceitos morais e os levei comigo para vida pública. Exerci meus mandatos de Senador e Deputado Federal visando sempre o melhor para o nosso Estado de Rondônia e nosso povo. Não há sobre minha vida mácula alguma e submeto-a aos cidadãos de Rondônia para o único julgamento que interessa realmente na vida política, aquele que se faz nas urnas e na história.

Quanto à condenação mantida pelo Tribunal de Justiça, ressalto que o Judiciário do Estado de Rondônia é exemplo para todo o país como instituição célere e fundada sobre nobres intenções. Mas as falhas no sistema judiciário são concebidas como parte do seu próprio funcionamento, tanto é que as decisões judiciais são impugnáveis pela via de recursos.

No meu caso, mais especificamente, cometeu-se um grave erro, condenando alguns poucos pelas falhas de muitos outros. O mais grave é que fui julgado por órgão jurisdicional incompetente como asseverou o próprio relator de minha Apelação na oportunidade de seu julgamento.

Entretanto o Superior Tribunal de Justiça em casos idênticos anulou o julgamento e remeteu os autos do Tribunal competente – naqueles casos e no meu - o Supremo Tribunal Federal. Tal posicionamento já está consolidado pela Corte especial do STJ.

Tenho certeza que a Justiça irá prevalecer e que serei julgado perante o Tribunal competente que, distante de interesses locais, poderá exarar uma decisão justa, atenta à prova dos autos cujo resultado certamente será a minha absolvição. Mas até lá a equivocada decisão da Corte local não me afastará da vida publica. Por fim, tranquilizo a todos os meus eleitores especialmente os produtores rurais e todo o seguimento, que continuarei, como sempre fiz, trabalhando muito pelos interesses do nosso povo e do Brasil, honrando cada voto que recebi e que certamente, se esta for a vontade do meu partido, nas próximas eleições gerais meu nome estará em todas as urnas do nosso estado, à disposição do eleitorado.

Direito ao esquecimento

Opiniões dos Assinantes (0)

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!