PRIMEIRA MÃO - Ao menos por enquanto, Candeias não será transformada em aldeia indígena – Por Sérgio Pires

PRIMEIRA MÃO - Ao menos por enquanto, candeias não será transformada em aldeia indígena – Por Sérgio Pires

PRIMEIRA MÃO - Ao menos por enquanto, Candeias não será transformada em aldeia indígena – Por Sérgio Pires

Foto: Divulgação

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Foi apenas uma primeira vitória parcial, porque o assunto ainda vai muito longe. O juiz federal Hamilton de Sá Dantas, concedeu liminar para que o município de Candeias do Jamari, praticamente todo ele, não seja transformado numa aldeia indígena. Para pouco mais de 300 indígenas. A Funai, com apoio irrestrito do Ministério Público Federal, pretende ampliar a reserva indígena de 944 hectares para exatos 8.500 hectares. Isso representa que toda a zona rural de Candeias desapareceria. Todos os produtores que ali estão há décadas perderiam tudo. Sobraria apenas uma pequena área urbana. Fim da produção, fim do ganho de centenas de famílias, brigas, violência, desespero, confrontos. A Funai e o Ministério Público Federal, atuando em conjunto, pretendiam (e ainda pretendem, porque o mérito da questão ainda não foi decidido), riscar Candeias do Jamari do mapa, tirar de lá praticamente toda a sua população e entregar praticamente tudo para meia dúzia de índios. Como, aliás, já foi feito no Brasil, na Reserva Raposa Serra do Sol, onde os produtores caíram na miséria e os índios não sabem o que fazer com tanta terra, conforme inúmeras reportagens e denúncias feitas na imprensa nacional.

 

A ação foi movida pelo município de Candeias do Jamari contra a Funai. Passou pelo MPF, que opinou pelo não acatamento da decisão. Mas o juiz federal Hamilton Dantas, com um arrazoado muito bem produzido, baseado na lei, na Justiça e no bom senso, determinou que fosse suspensos quaisquer atos para revisão da área indígena, até decisão final do caso. Mas a Funai não vai desistir. Depois da loucura absurda da Raposa Serra do Sol, que um dia, ainda vai dar o tratamento que merecem a aqueles que entregaram parte do território brasileiro, tudo é possível. Até a decisão final de  que uma cidade de Rondônia e sua população não devem perder tudo, apenas para entregar a 330 índios, muita água vai rolar pelo rio Candeias. Tudo pode acontecer. Até se repetir por aqui o terrível caso de Roraima, onde perdemos um pedaço do território brasileiro e onde só estrangeiros e índios podem andar livremente.

  

MEDO

 

Já está começando a dar medo nas pessoas a tal greve dos PMs. No final de semana, quase houve confronto armado com membros do Exército, que estão nas ruas cuidando do que a polícia militar abandonou. O caso está ficando sério e precisa ser resolvido logo. A população não pode ficar refém de gente armada, paga para protegê-la. Mal paga, mas paga. O caso começa a se tornar umn pesadelo para o final de ano de todos os rondonienses.

 

PRESENTE À BADERNA

 

Tem que se voltar ao tema: a total impunidade. O Congresso Nacional prestou mais um grande desserviço ao país, quando, de forma irresponsável, derrubou a hierarquia nos quartéis e mandou que os PMs que fizeram baderna Brasil afora, em meados desse ano, não fossem punidos. Tivesse sido mantida a ordem e a lei, a bagunça baseada na impunidade não estaria de volta.

 

SÓ DIREITOS

 

Demagogia, direitos, direitos e direitos, sem a contrapartida dos deveres, eterniza-se gente no poder um legislativo, corrupta em sua maioria, ajoelhando-se para o Executivo e só berrando se perder algumas das suas próprias vantagens. E fazendo de tudo para agradar minorias, em detrimento dos interesses maiores da população. De olho novos votos, é claro. Lamentável.

 

NÃO SABIA

 

Mais uma confusão. O atual chefe da Casa Civil será substituído, mas foi um dos últimos a saber da notícia. Ricardo de Sá vai ficar na administração, em função de confiança de Confúcio Moura. Mas só ficou sabendo que perderia o atual cargo pela imprensa. A troca ocorre esta semana. Seu substituto já foi escolhido, aceitou, mas a mudança ainda não foi anunciada oficialmente.

 

CULPA DA IMPRENSA

 

Na semana passada, Davi Nogueira, secretário do PT, muito próximo à senadora Fátima Cleide, publicou na imprensa um artigo em defesa da deputada Epifânia Barbosa. Davi culpou a imprensa, considerando alguns setores dela como parciais na cobertura do caso da Operação Termópilas. Protestou porque o nome de Epifânia tem sido mais citado do que outros envolvidos. Davi é voz importante dentro do PT.

 

BOA NOVA

 

Meia perdida no meio de tanta confusão, greve, violência, Exército nas ruas, infelizmente uma ótima notícia para a Capital acabou ficando num segundo plano. Na semana passada, o governador Confúcio Moura e a direção do Grupo Maggi trataram de novos e pesados investimentos no novo porto do rio Madeira. Mas o melhor, para a comunidade, ainda estava por vir.

 

FORA DA CIDADE

 

No contexto da ampliação, está a construção da nova via de acesso ao Porto Graneleiro, que sairá da BR 364, perto das Irmãs Marcelinas e irá até a Migrantes, sem necessidade dos pesadíssimos caminhões passarem por dentro da cidade. O orçamento inicial será na ordem de 80 milhões de reais. No mesmo projeto, a Estrada da Penal será toda asfaltada. Daqui a um ano e meio, está previsto para tudo ficar pronto.

 

PERGUNTINHA

 

Quando o cidadão vai poder andar nas ruas em paz e tendo alguma sensação de segurança?

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