PRIMEIRA MÃO - Triste e patético: Passeatas da dor e da esperança não servem pra nada - Por Sérgio Pires

Triste e patético: Passeatas da dor e da esperança não servem pra nada

PRIMEIRA MÃO - Triste e patético: Passeatas da dor e da esperança não servem pra nada - Por Sérgio Pires

Foto: Divulgação

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Uma cena triste e patética foi registrada numa praia do Rio de Janeiro, no início dessa semana, como mostra a foto do site G1. Triste porque homenageava a memória da juíza Patrícia Acioly, barbaramente assassinada por criminosos travestidos de policiais. Patética, porque pretendia fazer um protesto contra a violência, como se esse tipo de ação servisse, na prática, para alguma coisa. A não ser, é claro, para aparecer em cenas dos noticiários da TV e fotos nos jornais. Alguma mente brilhante concluiu que, se fizer passeata vestindo branco e com faixas pedindo paz, alguma coisa positiva poderia ocorrer, contra a extrema violência que domina o país. Ninguém combinou nada com os bandidos e muito menos com as autoridades, que, responsáveis por fazer leis que realmente combatam o crime, preferem se omitir ou fazer discursos em defesa do direito da bandidagem. A família da juiz Patrícia está indignada. E com razão. Ela era uma mulher de fibra, que honrava a toga, combatia com todo o vigor o crime organizado. Inclusive a banda podre da polícia, que está cada vez mais podre e cada vez maior. Morreu por isso. E só por isso.

Esse negócio de ONGs promoverem passeata só para aparecer na mídia, é uma brincadeira de mau gosto. Brincam com o sentimento dos familiares das vítimas, dão esperança a todos nós, pobres coitados, como se passeatas e branco servisse para conter o crime organizado, o tráfico de drogas e armas, as organizações bandidas que existem também dentro do sistema policial. Fazem de conta que estão tentando mexer com alguma coisa. Se fossem para a frente do Congresso e do Palácio do Planalto, exigir leis rígidas no combate ao crime e fim das mordomias para bandidos, certamente os resultados seriam melhores. Mas, talvez, a mídia não desse tanta atenção quanto essas passeatas e protestos de brincadeira.
 
É MUITA MOLEZA!
 
Daqui a uma semana, começa mais um feriadão. Principalmente quem é funcionário público, pára de trabalhar no final do expediente da sexta, dia 11 e só retorna à labuta na outra quarta-feira, dia 16. Em pleno final de ano, quando mais o país precisa dar duro e se preparar para Natal e Ano Novo, mais uma moleza feita para a casta dos servidores.
 
PERDAS IRREPARÁVEIS
 
O Brasil perde, com todo esse número abusivo de feriados, durante o ano, algo em torno de 135 bilhões de reais. O valor correspondente a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, com as paralisações nos nove feriados nacionais e 30 estaduais que caem em dia de semana em 2011. Uma coisa absurda. Mas, que é claro, poucos querem mudar, porque estão se lixando para tudo que não lhes beneficiem. Na verdade, no meio politico, de quem decide, todos estão se lixando. Portanto, mais feriadão e feriadão.
 
CORRIDA MALUCA
 
Mesmo com feriadões, preparativos para Natal e Ano Novo e férias, a política não pára. Pelo contrário. Os partidos se mexem, correm para todos os lados, fazem reuniões com prováveis aliados, começam a definir motes de campanha para 2012. A disputa pelas principais Prefeituras do Estado será acirrada. Centenas vão concorrer às Câmaras Municipais. A partir de março, o quadro já estará definido.
 
DECISÃO DISTANTE
 
Por falar em março: o PT vai esperar até o final daquele mês, em 2012, ou seja só daqui a cinco meses, para definir quem será seu candidato à Prefeitura de Porto Velho. O partido tem três nomes – Epifânia Barbosa, Fátima Cleide e Cláudio Carvalho – e só fará sua prévia lá na frente. Por enquanto, tenta se estruturar e montar uma forte nominata para a Câmara de Vereadores. A coordenação é do presidente municipal, Tácito Pereira.
 
ELAS MANDAM
 
As mulheres estão mesmo no poder. A Caerd, a partir de agora, terá um triunvirato feminino nos três principais cargos. Começa pela nova presidente da estatal, Cristina Luna. Estão no topo da linha de comando, junto com Cristina, a diretora técnica, Débora Maria Medina Reis. Maria Fártima Marques completa o time, dirigindo a área administrativa e financeira. Todo o poder às mulheres!
 
SAÍDA CRIATIVA
 
O atraso nas obras do viaduto da avenida Jatuarana, na BR 364, parece mentira, está sendo recuperado. Quase uma centena de operários estão trabalhando num terceiro turno, à noite, entre 20h e 1h da manhã. Com isso, o serviço está andando a olhos vistos. Bem que o mesmo esquema poderia ser usado em várias outras obras que estão indo com grande lentidão. A saída, encontrada pela construtora responsável pela obra, é elogiável.
 
PARA SE PENSAR...
 
Faltam poucos dias. Provavelmente na segunda quinzena de dezembro, mês que vem, a primeira das 44 turbinas da Usina de Santo Antonio Santo Antônio começará a gerar energia. Exatamente um ano antes do inicialmente previsto. A gente se pergunta: como uma obra gigantesca como essa fica pronta 12 meses antes do previsto e algumas, muito menores, aqui e país afora, jamais cumprem o cronograma?
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