Fiscalização permanente no Guaporé é defendida na Assembléia Legislativa

Renato Pereira destacou sensibilidade dos deputados estaduais na aprovação da lei da pesca e necessidade de manutenção de estrutura para garantir que a fauna aquática da bacia do Guaporé seja preservada e turismo ecológico incentivado.

Fiscalização permanente no Guaporé é defendida na Assembléia Legislativa

Foto: Divulgação

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Proprietário da Renato Pousada e do Barco Rey em Pimenteiras, e incansável militante da preservação das espécies aquáticas do Rio Guaporé, Renato Pereira destacou a importância da fiscalização permanente na bacia hidrográfica do Rio Guaporé. Ele também destacou a sensibilidade dos deputados estaduais ao aprovar a lei que prevê o fim da pesca predatória no Guaporé, proibindo a utilização de malhadeiras, espinhéis e outros apetrechos utilizados como armadilhas para a predação das espécies aquáticas, a fauna e a flora provocando desequilíbrio ecológico.
“Cabe agora ao Estado manter uma logística capaz de garantir uma fiscalização permanente para que a determinação legal de preservação seja cumprida e as espécies que atraem o turista sejam preservadas”, disse Pereira, colocando inclusive a sua própria estrutura para colaborar na logística.
No ultimo dia 8 a lei que proíbe a pesca predatória foi publicada no “Diário Oficial”, passo importante para que a fiscalização seja implementada de forma definitiva. Para Renato Pereira, um destacamento permanente em Pimenteiras e outro em Porto Rolim com infraestrutura garantem a fiscalização de todo o perímetro atingido pela lei da pesca, que também diminuiu a quantidade de pescado por pescador profissional de 400 quilos semanais para 70 quilos.
A fiscalização da Sedam para que as espécies protegidas pela lei não estejam sendo retiradas dos rios também é destacada pelo empresário do ramo turístico. Segundo Renato, a lei aprovada pela Assembleia Legislativa veio para salvar o Guaporé da extinção de seus espécies nobres, lembrando que a bacia hidrográfica é a mais privilegiada do país em diversificação de peixes e diversidade ecológica com baías, matas, ilhas, onde se destacam a flora e a fauna.
Agora, segundo ele, é preciso fiscalizar. Segundo Renato, o próprio Idaron, que está permanentemente na região vacinando gados e fiscalizando a vacinação, pode ser parceira na fiscalização do Guaporé. Como referência de preservação ele aponta o Parque Corumbiara, fiscalizado pelo Sargento Dimas e sua equipe. Lá, mesmo em período da pesca predatória em plena atividade, não houve abusos por parte de pescadores profissionais e os 70 km de parque foram preservados. Segundo ele, os próprios ribeirinhos são contrários a utilização de apetrechos como redes, malhadeiras, espinhéis e toda espécie de armadilhas utilizados na pesca predatória. “Eles são contrários porque sabem que a pesca indiscriminada e predatória acabam com o peixe, sua principal fonte de manutenção”.
A resistência à lei aprovada pelos deputados por parte de pescadores de Guajará-Mirim e Costa Marques se explica porque lá as espécies pesqueiras já foram praticamente dizimadas, segundo ele, e os pescadores profissionais queriam subir para a região de Pimenteiras, que, sem a proteção legal, também correria o risco de ter sua espécies extintas.
O turismo ecológico e a pesca esportiva são para Renato, alternativas para a região, para isso, porém, é necessário que a bacia tenha sua espécies preservadas para que o turista venha. Dessa forma as pousadas terão clientela permanente e toda a logística turística em atividade empregando mão de obra local.
O barco Rey e a pousada de sua propriedade garantem empregos para cerca de 25 pessoas, entre piloteiros, comandante do barco, atendentes, cozinheiras, ajudantes, entre outros. É uma estrutura que pode ser utilizada o ano inteiro, caso haja de fato a implementação da pesca esportiva com fiscalização e com consciência ecológica. Para isso é preciso também qualificar a mão de obra, como foi feito com os piloteiros de Pimenteiras, hoje entre os melhores do país, que foram treinados por Rubens de Almeida Prado, o “Rubinho”, da Pesca Aventura. Esse é um processo, que, segundo Renato Pereira, precisa ser implantado como seqüência da iniciativa da Assembleia Legislativa, capitaneada pelo presidente da Ale Valter Araújo (PTB), de aprovar uma lei para proteger a bacia hidrográfica do Guaporé.
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