Projeto “De Novo Não” conscientiza sobre reincidência da gravidez na adolescência

Da Redação

13 de Janeiro de 2011 às 16:20

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Projeto “De Novo Não” conscientiza sobre reincidência da gravidez na adolescência

Foto: Divulgação

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Desde 2007 a maternidade municipal vem realizando o projeto “De novo Não”, que visa evitar a reincidência da gravidez na adolescência. Segundo Ida Perea, diretora da unidade, dos 3.860 partos que ocorreram no ano passado, 850 foram de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos. “Isto representa 27,97% do total de partos. São meninas que assumiram uma grande responsabilidade. Filho é coisa séria, dá despesas e não é fácil, por isso precisamos conscientizar estas adolescentes da grande missão que elas têm pela frente e o quanto será ainda mais difícil se uma nova gravidez acontecer”, explicou Ida.

As adolescentes recebem orientação, e após o parto, são também convidadas a participar de palestras e seminários com a participação de assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais da saúde. “É a oportunidade que temos de informar a estas jovens como será daqui pra frente, quais serão suas responsabilidades, direitos e deveres”, informou.

A diretora da maternidade explica que a reincidência da gravidez, assim como a primeira gestação, acontece na maioria dos casos pela precocidade da relação sexual. “Há algumas décadas as mulheres tinham sua primeira relação aos 19 anos e hoje temos exemplos de até 10 anos. São meninas que ainda não tem maturidade suficiente”, relatou.

Este início precoce de relações sexuais, segundo Ida, pode além da gravidez precoce, resultar numa nova gestação indesejada. “E os problemas vão além, porque estas mães que estão despreparadas, em sua maioria deixam de estudar e muitas delas delegam os cuidados desta nova vida às outras pessoas”, afirmou.

De acordo com a diretora, o uso de métodos contraceptivos também é uma missão a ser bastante trabalhada entre os adolescentes. “A maioria dos adolescentes usam o preservativo nos primeiros encontros, mas quando firmam o relacionamento tendem a não usar mais. Outras que têm orientação sobre os anticoncepcionais, também não seguem à risca o seu uso. O que queremos é intensificar estas palestras, orientá-las quanto esta responsabilidade e firmar mais parcerias para divulgar sobre a gravidez na adolescência e sobre os métodos existentes”, reforçou Ida, acrescentando que até o final deste ano, todos os órgãos públicos do município disponibilizarão em suas recepções, camisinhas gratuitamente. “A maioria das secretarias municipais já tem com caixas ou expositores com camisinhas disponíveis para a população”, finalizou.

Paternidade Responsável

Em 2010, a diretora da maternidade, Ida Perea, e alguns parceiros, iniciaram uma campanha municipal pela paternidade responsável. Segundo Ida, o parto humanizado que permite a presença de um membro da família, nesta hora tão importante é em muitos casos, prestigiado apenas pela mãe da adolescente, ou por outro familiar. “Muitas delas chegam e saem da maternidade, sem a presença do pai da criança. Temos uma média de 30% de crianças que saem da maternidade com o registro civil constando apenas o nome da mãe”, destacou. Ida explica que neste primeiro semestre haverá panfletagem e divulgação sobre a paternidade responsável. “Estas crianças tem o direito de ter o pai e a mãe dando a devida assistência. Ter o contato com seus genitores contribuirá para uma melhor formação social. A presença do pai é tão importante como a da mãe. Ambos têm o dever de educar e assistir”, disse Ida. Este ano, segundo a diretora será realizado um movimento pela paternidade responsável, que terá a frente, os pais. “Será um movimento de pai para pai. Eles estarão divulgando a importância de reconhecer a paternidade e a grande diferença que fizeram na vida das crianças que hoje tem ao seu lado e recebem assistência”, disse Ida.

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