Enfim, a ficha limpa! – Por Valdemir Caldas

Da Redação

29 de Outubro de 2010 às 15:43

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Enfim, a ficha limpa! – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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Depois de muito puxa-encolhe, trocas de farpas, discussões acadêmicas e teorias livrescas, o STF decidiu que a lei da ficha limpa vale para as eleições deste ano.

Com isso, políticos fichas sujas do naipe do deputado federal paraense Jáder Barbalho (aquele cujas mãos foram beijadas pelo presidente Lula, durante visita ao estado do Pará), foram riscados do mapa.

No pleito de novembro, Barbalho obteve mais de um milhão e oitocentos mil votos para o Senado. Antes, porém, renunciara a presidência daquela casa, para livrar-se da cassação. Depois, elegeu-se deputado federal. Agora, o STF resolveu dá o tiro de misericórdia.

Jáder, Sarney, Renan e Jucá são alguns dos “companheiros” de Lula e assíduos freqüentadores dos rega-bofes palacianos. E o que dizer da quadrilha de mensaleiros, cujo escândalo arrastou latrina abaixo membros da cúpula nacional petista, dentre eles, José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Silvio “Land Rover” Pereira. Some-se a isso o propinoduto familiar, instalado na Casa Civil pela senhora Erenice Guerra.

No primeiro turno das eleições, o presidente apareceu no programa eleitoral pedindo votos para um candidato rondoniense, acusado, dentre outros crimes, de improbidade administrativa e peculato. É impressionante a facilidade que tem Lula para cercar-se de más companhias.

Mas a fila de fichas sujas é extensa. O STF vai precisar redobrar seus esforços para extirpar todas as ervas daninhas do campo, antes que a praga se alastre e acabe comprometendo todo o plantio.

Em Rondônia, por exemplo, há uma penca enorme. Alguns, inclusive, tentaram uma vaga para a Assembléia Legislativa do estado, mas acabaram caindo do cavalo. Há pouco, um deles precisou renunciar ao mandato de deputado federal para evitar a cadeia. Até quando conseguirá manter-se longe das grades, isso só o tempo dirá.

Enquanto isso, a campanha eleitoral para o governo do estado vai chegando ao seu final, com os candidatos prometendo aos eleitores incautos o reino encantado da fantasia. Na briga pela cadeira mais importante do palácio Getúlio Vargas, vale quaisquer sacrifícios, até alianças espúrias com condenados pela justiça. É o salve-se quem puder. E o povo, que se exploda, como diria o deputado Justo Veríssimo, uma personagem criada e interpretada pelo escritor e humorista Chico Anysio.

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