Por uma decisão que contou com a totalidade dos presentes, os bancários de Rondônia decidiram, há poucos minutos, que vão para a greve nacional da categoria que se inicia exatamente à zero hora desta quarta-feira e que vai paralisar todas as agências no território nacional.
A decisão foi tomada em Assembléia Geral Extraordinária realizada agora há pouco, na sede do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), em Porto Velho, a exemplo do que aconteceu também, de forma simultânea, em todos os demais estados.
No evento, centenas de trabalhadores bancários puderam ouvir e se esclarecerem sobre os principais pontos da pauta de reivindicações que foi sumariamente rejeitada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em todas as quatro rodadas de negociações feitas com o Comando Nacional dos Bancários e que induziu a categoria à paralisação, bem como puderam usar da palavra para fazer questionamentos ou invocar a unidade da classe no movimento paredista.
“A greve não é folga. Quem faz a greve não é o sindicato, nem um de seus diretores, mas sim toda a categoria, todos os colegas, sendo todos por todos”, exaltou o presidente do sindicato, Cleiton dos Santos, que fez um discurso longo em favor da participação efetiva de todos os bancários e pelo fim da ação pelega de alguns outros colegas.
REIVINDICAÇÕES
Os bancários reivindicam o reajuste de 11% nos salários, PLR (Participação de Lucros e Resultados, de três salários mais R$ 4 mil, vale-refeição, alimentação e 13ª cesta-alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 510).
“Mas não é apenas isso, pois além destes benefícios, também lutamos pelo fim das metas abusivas, do assédio moral e das demissões injustificadas que tanto adoecem o trabalhador bancário. Além disso, queremos a contratação de mais funcionários, para acabar com o gargalo das filas e da demora do atendimento. Também destacamos o preconceito com negros, mulheres e portadores de necessidades especiais, pessoas que são notoriamente ignoradas pelos bancos, seja pela sua não contratação, seja pela sua não evolução no trabalho ou até mesmo pela sua discriminação acintosa”, disparou o sindicalista.
A Fenaban, que representa os bancos, negou todos os pontos da pauta de reivindicações em todas as rodadas de negociações e, até o momento, apresentou apenas uma proposta de reajuste salarial de 4,29%, negada em todas as assembléias.
Já na manhã desta quarta-feira os sindicalistas e trabalhadores estarão na frente das agencias bancárias, conversando com a população (clientes e usuários) explicando os motivos da greve e esclarecendo os pontos de luta.