Intenção de consumo de Porto Velho cai mais 6,1% em setembro
Foto: Divulgação
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AINDA MAIOR- Mesmo em queda o consumo de Porto Velho continua maior que a média do consumo nacional em 5,25%.
A Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) das famílias demonstra que, pelo terceiro mês consecutivo, na contramão da tendência nacional, houve queda na intenção de consumo das famílias de Porto Velho. O ICF, indicador que mede o consumo das famílias, caiu de 151,5 pontos, em agosto, para 142,3 pontos em setembro com 5 dos seus 7 itens apresentando um desempenho negativo. Como resultado o índice teve uma variação para baixo de -6,1% com a perspectiva de consumo diminuindo mais 1,2% , graças ao aumento do crédito a percepção de que é um bom momento para compra de bens duráveis crescendo3,4%.
Os subitens do ICF Emprego Atual e Perspectiva Profissional foram os que mais variaram negativamente, respectivamente -16,7 e -13,7%, mas, a Renda Atual, a Perspectiva de Consumo e o Nível de Consumo atual também apresentaram resultados negativos que influenciaram para que o consumo das famílias continuasse
INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS- Porto Velho-Setembro de 2010
INDICE |
JULHO |
AGOSTO |
SETEMBRO |
VARIAÇÃO % |
INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS Emprego Atual Perspectiva Profissional Renda Atual Acesso a Crédito Nível de Consumo Atual Perspectiva de Consumo Momento para Duráveis |
153,0 160,8 171,7 161,7 150,8 115,4 155,3 154,4
|
151,5 158,4 175,5 164,1 152,0 125,6 148,9 136,5 |
142,3 136,7 146,2 154,8 153,4 116,9 147,0 141,1 |
- 6,1 -16,7 -13,7 - 5,7 0,9 - 6,9 - 1,2 3,4 |
Fonte: Pesquisa Direta CNC/Fecomércio/RO
Emprego Atual
A significativa queda do nível de emprego atual de 151,5 para 142,3 com o elevado nível de -16,7% se explica, em especial, pela enorme queda de oferta de empregos em todos os níveis de renda. Uma parte disto se explica pelo período eleitoral na medida que estão suspensas as contratações de funcionários públicos. Outra parte também é oriunda de que a retomada de aumento das taxas de juros, ainda que com o crédito mais fácil, impactou sobre as perspectivas profissionais futuras e no nível de consumo atual, de forma que o consumidor passou a atuar com maior cautela em face também de um maior endividamento das famílias.
Renda Atual
A queda do nível atual de renda de -5,7% foi muito maior nos grupo de renda de mais de 10 salários mínimos que teve uma queda de 10,92% na renda contra 4,65% no segmento abaixo de 10 mínimos. Como a rotatividade dos empregos tem sido alta talvez uma explicação para a queda de renda possa ser encontrada no fato de que o aumento de empregos tem se dado nos estratos de menor renda onde estão sendo ofertados mais empregos.
Mais acesso ao crédito
Caiu de 72,3% para 71,2%o número de famílias com renda acima de 10 Salários Mínimos que acreditam que o crédito está mais fácil do que no ano passado. Não é muito diferente a percepção entre as famílias com renda abaixo de 10 SM onde 69,2% consideram que este ano o credito está mais fácil. O crescimento, no entanto, do indicador de 152,0 para 153,4 é resultado do maior acesso ao crédito pelos segmentos de mais baixa renda, pois, para os de mais alta o acesso ao crédito caiu de agosto para setembro.
Momento para duráveis tem ligeira melhora
A perspectiva de consumo seguiu pelo quarto mês seguido caindo e mantendo a tendência de baixa. Por outro lado, com maior acesso ao crédito, em especial para o segmento com renda abaixo de 10 salários mínimos, mesmo com a renda, o emprego e a perspectiva profissional em baixa, aumentou a percepção, mesmo que pequena, de que é um bom momento para o consumo de bens duráveis. È preciso acentuar que a intenção de consumo é maior no estrato de renda abaixo de 10 salários mínimos. Ou seja, mesmo na compra de bens duráveis o maior consumo está sendo puxado mais pelas classes de menor renda do pelas que tem maior poder aquisitivo.
Sobre o ICF
Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, realizou a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias de Porto Velho (ICF-Rondônia) relativa ao mês de maio que tem como objetivo antecipar o potencial das vendas do comércio. Os resultados do ICF são avaliados sob dois ângulos. O primeiro é o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores. O índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo. O segundo ângulo é o da tendência do grau de satisfação e insatisfação, por meio das variações mensais do ICF total. O ICF é composto por sete itens. Quatro deles – emprego atual, renda atual, compra a prazo e nível de consumo atual - comparam a expectativa do consumidor em relação a igual período do ano passado. Os demais itens referem-se a perspectivas de melhoria profissional para os próximos seis meses, expectativas de consumo para os próximos três meses e avaliação do momento atual quanto à aquisição de bens duráveis. As informações são obtidas a partir de 500 questionários aplicados
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