O prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho lançou no dia 23, segunda feira, o Plano de Ação de Combate às Queimadas. Uma das estratégias para inibir o avanço das queimadas ilegais é a realização de reuniões com os agricultores dos distritos de Porto Velho. O coordenador municipal da defesa civil (C.D.C.), Reinaldo Raimundo da Silva e representantes das secretarias municipais de meio ambiente (Sema), de agricultura e comércio (Semagric), de Saúde (Semusa), estiveram reunidos dia 27 com cerca de 100 agricultores de União Bandeirantes, e no dia 28 com 150 agricultores de Rio Pardo. “Foram reuniões muito proveitosas, e os participantes compreenderam a importância da mensagem da campanha lançada pelo prefeito e se dispuseram a colaborar. Mas, existem problemas que fogem da capacidade deles que são as queimadas ilegais iniciadas longe da região, porém alcançam as suas propriedades e não têm como combater o fogo devido à vegetação muito seca”, informou Reinaldo da Silva, coordenador da C.D.C.
Durante as reuniões representantes da Sema, explicaram sobre as consequências que as queimadas ilegais trazem para o meio ambiente; técnicos da Semusa passaram orientações sobre os males que as queimadas e fumaças provocam nos idosos, crianças e toda a população. O Ibama alertou sobre as multas que estão sendo aplicadas em todo o estado de Rondônia. “Em 2009, foram registradas 1.800 ocorrências de focos de incêndios, até o momento já foram registrados 12 mil focos e 6 mil somente no mês de agosto. Esta situação tende a piorar se as pessoas não mudarem de atitude e mentalidade sobre os incêndios na região rural, já que no próximo mês de setembro, a tendência é de aumento das queimadas. Acreditamos que estas reuniões realizadas pela prefeitura trarão resultados importantes, vamos continuar com a operação contando com a colaboração e compreensão dos agricultores”, alertou Reinaldo.
As próximas reuniões serão realizadas com os agricultores dos distritos de Jacy- Paraná às 09 horas da manhã, e de Abunã às 15 horas, ambas no dia 05 de setembro, no domingo.
Esta ação da prefeitura teve o apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sedam), Corpo de Bombeiros e o Comitê de Combate aos Incêndios Florestais de Rondônia e também da parceria com a empresa Dydyo, que forneceu água potável aos brigadistas voluntários que trabalharam no combate dos focos de incêndios.
Rio Madeira
As reuniões com os agricultores dos distritos de Nova Califórnia, Extrema e Vista Alegre do Abunã que deveriam ter acontecido dia 29, foram prejudicadas pela impossibilidade de se chegar a estes destinos devido ao tempo de travessia da balsa sobre o rio Madeira. O nível do rio está muito baixo e a balsa está tendo dificuldades para realizar a travessia, por causa dos bancos de areia no leito do rio com vários encalhes já registrados, pois uma simples travessia está demorando mais de 5 horas para ser realizada. “A fila para atravessar de balsa é de quilômetros, carretas, ônibus e veículos particulares estão sem poder passar, a prioridade é para os carros de polícia e ambulâncias. E, devido a estas dificuldades as reuniões não puderam acontecer, já que o acesso não foi possível”, destacou o coordenador da D.C.
A coordenadoria da defesa civil de Porto Velho faz aferições diárias do nível do rio Madeira e a situação está sendo considerada muito crítica pelo coordenador. O motivo é que o nível das águas está diminuindo 6 centímetros por dia. Nesta segunda feira, dia 30, o rio está com apenas 2 m e 90 cm de profundidade, no dia 29 estava com 2 m e 94 cm e dia 28 marcavam exatos 3 m. No início do mês, dia 1º, o nível estava com 4 m e 56 cm e em 29 dias baixou 1 m e 66 cm, “isto é muito grave e, se nos próximos oito dias não chover em grande volume, vamos ter sérios problemas com o abastecimento de gás, com o acesso ao estado do Acre e consequentemente poderá haver paralisação da navegação comercial”, alertou Reinado.