Agentes Penitenciários que formalizaram uma denúncia a respeito da implantação de uma nova escala de plantão na última terça-feira (13), foram chamados na manhã de hoje (15) pelo ex-gerente do Sistema Penitenciário de Rondônia, Jeremias Pereira, para comparecerem na SEJUS (Secretaria de Estado e Justiça) e lá discutissem o assunto.
Diante das circunstâncias, as partes foram conversar no gabinete do secretário da SEJUS (Secretaria de Estado e Justiça), Gilvan Ferro, que em sua companhia estavam o deputado estadual Euclides Maciel e o diretor financeiro do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Adriano Castro, que estava representando a presidência.
De acordo com os Agentes Penitenciários, a resposta não foi a esperada e a representação do SEJUS enfatizou que não iria mudar a escala de serviço, porém, de acordo com um dos agentes, em tom de ameaça o ex-gerente do Sistema Penitenciário, Jeremias Pereira, disse que os idealizadores desse movimento irão ser perseguidos, pois eles não deveriam ter procurado a imprensa e muito menos o Ministério Público de Rondônia.
Para tentar evitar a perseguição os Agentes Penitenciários informaram à reportagem na manhã de hoje (15), em frente ao 2º DPl, antes de registrarem um boletim de ocorrência contra o ex-gerente, que o café da manhã dos Agentes está cortado.
“Ligamos na empresa que fornece o café da manhã pra gente e ele informaram que não vão mais fazer o serviço”, disse um Agente que não quis se identificar.
No início desta tarde (15), Anderson e os demais Agentes Penitenciários levaram a ocorrência ao Ministério Público para formular uma nova denúncia contra o caso Escala de Serviço/Plantão do Sistema Penitenciário de Rondônia.
SEJUS
No entanto, em matéria veiculada no Portal do Governo de Rondônia sobre a mudança ocorrida nos plantões dos agentes penitenciários, o gerente do Sistema, Cel. Paulo Cesar Figueiredo, disse que a mudança na escala foi devido ao aumento da população carcerária nas unidades prisionais em todo o estado e ressaltou que existe um concurso em aberto e vigente, através do qual já foram contratadas três turmas em menos de um ano e que há unidades prisionais ainda em construção, que deverão estar ativas ainda este ano.
Sobre a reunião ocorrida nesta manhã Adriano Castro, que representou o Sindicato da categoria, disse que o encontro foi produtivo e que o secretário garantiu que as horas extras serão pagas normalmente. “Não cabe maiores debates, pois é uma necessidade do sistema”.
Já o secretário da SEJUS, Gilvan Ferro fez a seguinte ressalva: “Somente aqueles que realmente trabalharem farão jus ao pagamento. Não sendo uma forma velada de se proporcionar aumento. Isso não é nossa prática. Os que trabalham são valorizados como estamos fazendo com a categoria desde que assumimos”.