Após quase quatro anos de espera, o eleitor rondoniense se prepara para ir às urnas. È chegado o momento de riscar do mapa os políticos furta-cores, demagogos e espertalhões, sanguessugas da carótida social e gafanhotos, devoradores de folhas de pagamento paralelas.
Atenção, eleitor! Muitos estão querendo chegar ao poder, mas poucos têm consciência da responsabilidade de que se reveste o mandato. Há, ainda, os que não têm nem projetos, nem propostas palatáveis.
Para esses, o negócio é abocanhar o mandato para defender seus privilégios pessoais. Muitos, desde já, vêm anunciando seus propósitos (não os verdadeiros, é claro) e mostrando suas amizades eleitorais.
Na luta para engordar seu patrimônio pessoal e sua conta bancária, com polpudo subsídio mensal e muita mordomia custeada com o suado dinheiro do contribuinte rondoniense, vale qualquer sacrifício para engambelar eleitores desavisados. Depois, vão todos às favas. Sempre foi assim. E assim sempre será.
Espera-se que, no dia 3 de outubro, o povo rondoniense diga um não aos fariseus, que insistem em negar-lhe o direito de usufruir de uma vida decente, com acesso a ensino público de qualidade, salários dignos aos que prestam serviços à máquina oficial, além de um sistema de saúde eficiente e uma segurança pública capaz de devolver um pouco de tranqüilidade à sociedade.
Nos últimos dias, a população tem acompanhado, principalmente pela mídia eletrônica, denúncias de corrupção e malversação de recursos públicos. Alguns dos finórios até que chegam a esquentar a sela da polícia federal, mas, logo, foram postos em liberdade. Outros, porém, foram condenados a devolver parte do dinheiro surrupiado do erário. Mas isso é muito pouco. Essa gente precisa, mesmo, é sentar na cadeira elétrica.
Precisamos unir forças para escorraçar esses mequetrefes do cenário político; muitos, inclusive, travestidos de cidadãos decentes, acostumados a usar o mandato outorgado nas urnas para patrocinar generosidades eleitoreiras. O dinheiro público não poder servir para custear marmeladas e negociatas.
Os ouvidos martirizados do povo não suportam mais as lorotas proferidas nos palanques e programas eleitorais de rádio e televisão e nas praças; as promessas cínicas e demagógicas, o exibicionismo falante, em cuja prática muitos flibusteiros se especializaram. Não há mais quem agüente tanta sandice.