ARTIGO - Revista IstoÉ elogia Rondônia - Por Professor Nazareno*

Professor Nazareno*

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Professor Nazareno*

Foto: Divulgação

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Em recente reportagem sobre a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, próxima a Porto Velho, a revista IstoÉ rasgou elogios ao Estado de Rondônia e aos rondonienses de um modo geral. Alguns nativos mal agradecidos chegaram a propor um risível boicote à publicação. Antes, há aproximadamente um ano, a repórter Eliane Brum da revista Época, já havia disparado suas baterias em direção ao nosso Estado e em especial à cidade de Porto Velho. Por dizer o óbvio e ululante, ou seja, aquilo que todos vêem, a observadora jornalista foi massacrada pela mídia eletrônica e escrita da cidade e teve até “arroubos nacionalistas” de meia dúzia de jecas e beiradeiros que saíram em defesa de seu torrão natal como se aqui fosse a filial de um paraíso qualquer.
Desta vez o repórter Alan Rodrigues foi extremamente educado ao não citar absolutamente nada sobre os incontáveis problemas que a capital de Rondônia e os rondonienses sofrem dia a dia. Parece até que a respeitada revista nem sequer passou pela nossa cidade. Praticamente direto do canteiro de obras de Santo Antônio, ele escreveu que antes dessas construções, o povo daqui vivia de extrativismo mineral e da floresta. Sim! E quem não conhece os ciclos da borracha dessa região que, por sinal, localiza-se em plena floresta amazônica? Só há verdades nestas palavras. Ele só se esqueceu de dizer que o povo daqui também vivia “mamando nas tetas” do Estado e por isso, Rondônia tinha talvez a maior concentração de barnabés por metro quadrado.
Falou também que no ano dois mil o Estado tinha quase sessenta por cento de analfabetos funcionais. Esse é sem dúvida um erro grotesco da revista. Sem dados confiáveis, o percentual nessa área é muito superior aos 80 por cento. Tenho a absoluta certeza. Basta observar os comentários que aparecem publicados nos sites locais de informação. É um assassinato atrás do outro à Língua Portuguesa. Parece até que os rondonienses nunca freqüentaram uma sala de aula ou os professores de Redação e de Português locais são uns picaretas. Ele não viu que aqui sujeitos semi-analfabetos se metem a jornalistas sem entender “bulhufas”. Nem a gramática dominam. A carência de recursos humanos nessa área é tanta que um site a local admitiu publicamente o fato.
Alan Rodrigues, no entanto, não teria elogiado tanto Rondônia se tivesse dado umas voltinhas pela cidade que o hospedou. Teria matéria de sobra para publicação durante uns dez anos. Falaria do nosso futebol, da capacidade empreendedora de Loló, o dono do Cruzeiro. Também mostraria ao Brasil como legislar com seriedade, denodo e competência dentro de uma Assembléia Legislativa. Ensinaria como ser preso por acusação de desvio de 200 milhões de reais, continuar sendo autoridade do município e ainda conceder entrevistas à emissora de televisão local ensinando ética ao povo. Falaria da burrice dos “rondonenses” em produzir energia para os outros sem se importar com o meio ambiente ou dos viadutos e pontes para abrigar os desempregados “pós-usinas”.
Por isso entende-se que esta revista é tendenciosa e não publica as verdades evidentes. Num comentário patético, um internauta propôs um boicote à IstoÉ como se  meia dúzia de beiradeiros e matutos lessem revista de circulação nacional. Devemos agradecer ao repórter por ele não ter publicado as nossas mazelas. Porto Velho é um buraco quente, sim. Uma currutela desorganizada e Rondônia um grotão, um “Cuité do Noca” que sempre quis viver à custa da União. Ele nada falou sobre a PEC eleitoreira e atemporal, pois o restante do Brasil podia não gostar. Enfim, aplaudindo a revista reconheceríamos que estamos a anos-luz de distância de outros centros urbanos do país e que medidas urgentes deveriam ser implantadas neste Estado para que pudéssemos pelo menos ter esperanças de dias melhores para as futuras gerações de rondonienses.
 
 
 
Leciona na Escola João Bento da Costa em Porto Velho.
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