Conhecer em detalhes os cursos d’água que cortam a capital de Rondônia é o objetivo da parceria firmada entre o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e a Prefeitura de Porto Velho. O mapeamento dos igarapés permitirá ao poder municipal o planejamento de ações preventivas contra as enchentes, que cada vez mais ameaçam porto-velhenses durante o período chuvoso.
Nesse inverno amazônico, os igarapés da cidade já protagonizaram diversos transbordamentos causados pela construção irregular de moradias, acúmulo de lixo, grande volume de chuvas e também devido ao processo de asfaltamento da cidade, que impermeabiliza o solo. Para solucionar o problema, “é preciso fazer a gestão das bacias urbanas de Porto Velho, analisando a resposta dos igarapés às chuvas, fazendo o zoneamento de áreas de inundação, delimitando áreas de preservação permanente”, explica Ana Cristina Strava, coordenadora de operações do Sipam.
Trabalho em conjunto
O projeto é encabeçado pelo Sipam e pela Secretaria Municipal de Planejamento (Sempla), mas conta com a participação da Semob, Semed, Semur, Sempre, Semusb, Sema e Defesa Civil, além da Axis, empresa subcontratada pelo Consórcio Santo Antônio Energia. Estagiários da Faro e da Unir também estarão envolvidos. Na metodologia do Sipam estão previstas ações como instalação de pluviômetros em escolas públicas e réguas no leito dos igarapés, remoção da população de risco e realização de campanhas educativas. Cumprindo tais etapas municípios como Ouro Preto do Oeste, Jaru, Santa Luzia, Nova Brasilândia do Oeste e Espigão do Oeste já tiveram resultados positivos na recuperação de suas matas ciliares e bacias hidrográficas.
Em Porto Velho os trabalhos devem iniciar em áreas prioritárias como o Igarapé Grande, Canal dos Tanques, Canal do Tancredo, Canal da Penal e Igarapé Bate-Estacas. Em reunião na última sexta-feira (22), cada órgão assumiu responsabilidades, de acordo com sua área de atuação.