Secretarias municipais realizam ação integrada para conter avanço da gravidez na adolescência

Secretarias municipais realizam ação integrada para conter avanço da gravidez na adolescência

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Foto: Divulgação

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Baseados no número de partos realizados na Maternidade Municipal Mãe Esperança, o índice de gravidez na adolescência chega a 30% na faixa-etária dos 10 aos 19 anos. Para conter esse avanço, a Prefeitura de Porto Velho começa a desenvolver  um plano de ação interligado entre as secretarias de Saúde (Semusa), Ação Social (Semas), Educação (Semed) e a direção da maternidade.
 
O início foi nesta quarta-feira (04), com o seminário  Atenção à Primeira Infância, realizado pela manhã e tarde, no Centro de Formação de Professores. Na ocasião, a diretora da Maternidade Mãe Esperança, Ida Perea apresentou projeto baseado em modelo japonês e nos atendimentos feitos pelas demais secretarias que atuam com a primeira infância.
 
O projeto apresentado pela diretora, denominado Gravidez na Adolescência, De Novo Não, foi  elaborado durante curso realizado por ela no Japão, no período de março a julho deste ano, como bolsista da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). Além da médica Ida Perea, a diretora-administrativa da Mãe Esperança, Márcia Souza também foi contemplada pela Jica com um curso no país oriental. O seminário contou com a participação do coordenador de projetos da Jica, Paulo Ichikawa. Os participantes elaboraram o plano de ação que será executado no Município em parceria com as secretarias que atuam diretamente com crianças e adolescentes.
 
O plano contempla a criança desde a gestação até a idade escolar, incluindo saúde, educação e assistência social. “Para que as ações alcancem os resultados esperados é necessário que haja esse entrelaçamento pelas secretarias de forma efetiva”, declarou a secretária da educação, Epifânia Barbosa, que discorreu, junto com Benedita Nascimento (Semas), o trabalho que cada uma desenvolve em suas respectivas pastas para contemplar a primeira infância nas áreas de educação e assistência social, além da saúde. A Coordenadoria de Mulheres também integrará o plano de ação,
 
Para Joelma Rodrigues, coordenadora da educação infantil da Semed, as imagens contemporâneas da infância, que vêm sendo constituídas, requerem uma outra idéia de educação. “As crianças são agora reconhecidas como sendo os agentes de suas interações com os adultos, com a cidade, com o mundo imaginário das fabulações, e têm seu mundo singularizado por sua história de aprendizagens”, declarou.
 
Prevenção
 
A direção da Maternidade Mãe Esperança já desenvolve trabalho de prevenção à gravidez na infância com a realização de  palestras educativas, distribuição de preservativos, colocação de DIU e acompanhamento  dessa clientela no período de dez anos, a partir da gravidez. Esse trabalho é executado junto às menores que tiveram filhos na maternidade. Elas vão à Mãe Esperança uma vez ao mês e, quando não aparecem na data prevista, a direção entra em contato com criança/adolescente/responsável para averiguar o que acontecendo.
 
Pesquisa na Maternidade Municipal, com dados dos prontuários de mulheres que fizeram laqueadura tubária na instituição, entre julho de 2006  a junho de 2008,  revelara que 70,77% tiveram o primeiro filho ainda na adolescência. Destas, 37,66% tiveram um, dois ou até três filhos antes de completarem 20 anos. Para a diretora Ida Perea, o mais preocupante é que 78% das mulheres pesquisadas não haviam concluído nem o ensino fundamental. “Isto implica dizer  que não têm empregabilidade, sendo certo que estarão à mercê da assistência social”, observou.
 
Jica
 

A  Agência de Cooperação Internacional  do Japão (Jica)vexiste no Brasil há 50 anos. Qualquer pessoa pode se inscrever para ser contemplado com uma bolsa de estudo naquele país. No Brasil são priorizadas as áreas da educação, saúde e meio ambiente. Para conseguir a bolsa, o candidato inscrito participa de um teste seletivo. É preciso que tenha domínio de inglês ou espanhol. São disponibilizados mais de 200 cursos. Vários  técnicos de Rondônia já foram bolsistas da Jica (o coordenador da Agência não informou quantos). A duração dos cursos vai de um mês a três meses. Maiores informações podem ser adquiridas pelo site www.jica.org.br.

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