Pesquisa destroça lenda corrente e diz que hoje Cassol e Raupp seriam eleitos senadores - Por Paulo Queiroz

Pesquisa destroça lenda corrente e diz que hoje Cassol e Raupp seriam eleitos senadores - Por Paulo Queiroz

Pesquisa destroça lenda corrente e diz que hoje Cassol e Raupp seriam eleitos senadores - Por Paulo Queiroz

Foto: Divulgação

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Política em Três Tempos
 
 
 
1 – CASSOL & RAUPP
 
É voz corrente, sempre que a especulação se apresenta vaticinando sobre as pré-candidaturas do governador Ivo Cassol (PP) ao Senado e do senador Valdir Raupp (PMDB) à reeleição, a sentença segundo a qual, por conta da histórica rivalidade entre os dois (mais de 20 anos sem se bicarem), o eleitor de um não vota no outro – e vice-versa. Desse modo, se as eleições fossem hoje, tanto quanto o segundo voto do eleitor de Cassol seria encaminhado para outro candidato que não o peemedebista, a segunda opção do eleitor de Raupp jamais seria Cassol. Assim, na hipótese extremada, conquanto ambos liderem as intenções de voto conforme a totalidade das pesquisas, os dois poderiam perder a eleição.
 
Experimente o leitor fazer um ensaio com três chapas concorrentes (cada uma com dois postulantes, naturalmente), duas delas com um puxador de votos liderando as pesquisas (numa analogia ao atual cenário habitado por Raupp e Cassol), com 40% de indecisões e um universo de apenas 10 eleitores – que é para facilitar os cálculos. Caso a assertiva de que todos desconfiam ocorresse com o rigor aqui concebido, numerosas combinações há em que os dois campeões das pesquisas, mesmo que as urnas confirmassem as pesquisas, ficariam a ver catraias. Explica o fenômeno a duplicidade do voto e a hipótese de eleitores mutuamente exclusivos, sendo esta conjectura uma predição do senso comum. Mas como, com mais freqüência do que se imagina, as capacidades oraculares das vivandeiras servem mais ao alvoroço do que a qualquer outra coisa, a hipótese da voz corrente é pura lenda.
 
Disso tirou a prova dos nove o deputado federal Moreira Mendes (PPS), que igualmente intrigado mandou incluir, numa pesquisa que encomendara, perguntas que permitissem medir o percentual de eleitores de Cassol que votariam em Raupp e, obviamente, o inverso. Todos os analistas a quem Moreira Mendes consultou apresentando-lhes o resultado da sondagem chegaram a uma só conclusão: se as eleições fossem hoje, a fatura estaria liquidada. As duas vagas do Senado seriam abocanhadas por Cassol e Raupp, nessa ordem. Passa dos 40% o percentual de eleitores de Cassol que votam em Raupp e a recíproca é igualmente de verdadeira.
 
2 – MARINHA RAUPP
 
Até onde a vista alcança, essa foi a primeira vez que se procurou avaliar quantitativamente essa questão. Nem o próprio Raupp, a quem a completa obscuridade sobre o problema mais aflige (afligia), dispõe ainda desses números. Mas o PMDB tanto está preocupado em lançar um pouco de luz sobre tais sombras que, segundo a coluna está em condições de informar, encomendou uma pesquisa com um mecanismo semelhante ao utilizado por Moreira Mendes. O trabalho de campo está previsto para novembro e os resultados devem chegar ao partido no começo de dezembro.
 
Enigmas de Raupp e Cassol à parte, evidente que Moreira Mendes não pagou pela pesquisa só para saber das idiossincrasias dos eleitores da dupla. Mas para ter uma idéia do quadro em geral, particularmente, no que lhe diz respeito. Concluiu que, para se reeleger (como hoje é sua intenção), vai ter que suar a camisa muito mais do que a princípio supôs.
 
Ouvidos 1 mil 570 eleitores de 27 municípios escolhidos por caracterizarem seis micro-regiões, entre o final de agosto e o início de setembro, quando se quis saber deles em quem votariam para deputado federal, 11% não titubearam em apontar Marinha Raupp (PMDB), a campeã de votos (65 mil) da eleição passada e em marcha acelerada para superar a proeza.
 
Pois é. O dono da pesquisa não ficou em primeiro lugar e tampouco em segundo. Este terminou ocupado pelo deputado Eduardo Valverde (PT), com 6% das respostas. Moreira apareceu embolado com Natan Donadon (PMDB) e Lindomar Garçon (PV), os três com não menos de 4% e não mais de 5% das intenções de voto. A lanterna terminou sendo ferozmente disputada pelos deputados Ernandes Amorim (PTB), Mauro Nazif (PSB) e Anselmo de Jesus (PT), todos abaixo dos 2% das preferências.
 
Moreira Mendes até que ficou animado ao saber que ele e Marinha são os dois únicos deputados a colher votos em todas as seis micro-regiões. Mas ao cair em si, concluiu que isso só vai resultar em uma campanha mais extenuante, pois se obrigará a bater pernas por tudo quanto é cafundó.
 
1 – FÁTIMA & VALVERDE
 
No que diz respeito ao governo, o deputado instruiu o pessoal da pesquisa – uma empresa de nome “Paraná Pesquisas”, de Curitiba – a perscrutar diversos cenários. Conquanto em todos os arranjos em que aparece o senador Expedito Júnior (PSDB) lidere a disputa, em dois destes um detalhe chama atenção. Quando o representante do PT é a senadora Fátima Cleide, o tucano continua com a maior pontuação, mas empatado tecnicamente com a petista e Acir Gurgacz em cerca de 26% das intenções de voto (Expedito com 26,4%, Acir com 26,1% e Fátima com 25,9%). Nesse cenário Confúcio Moura (PMDB) está com 16% e José Bianco (DEM) com 10% das preferências.
 
Mas quando, trabalhando-se com esse mesmo quadro, a senadora é substituída pelo deputado Eduardo Valverde, a preferência pela candidatura do PT despenca, os demais candidatos permanecem estáveis e Expedito Júnior dispara com mais de 30% das intenções de voto. Em todos os cenários o ex-senador e ex-governador José Bianco é o campeão da rejeição, refugado por 35% dos entrevistados, seguindo-se Fátima Cleide (28%), Acir Gurgacz (26%), Expedito Júnior (23%) e Confúcio Moura (12%).
 
Também em Rondônia, sob pena de perder votos, não é prudente falar mal do presidente Lula da Silva (PT). Pela pesquisa de Moreira Mendes, a popularidade do petista passa dos 80% entre os caripuna. No que diz respeito aos administradores locais que estão com seus nomes associados à pré-candidaturas, cada um na sua circunscrição, três deles estão tecnicamente empatados em termos de popularidade: o prefeito Confúcio Moura (73%), o governador Ivo Cassol (72%) e o prefeito Roberto Sobrinho (71%). O prefeito José Bianco também foi avaliado e 63% dos entrevistados aprovaram seu estilo.
 
E como o futuro a Deus pertence, Moreira inclui seu nome nas sondagens para o governo. Está abaixo de todos os pré-candidatos citados, mas, em todos os cenários, deixa João Cahulla no chinelo. Portanto, se depender de pesquisa e o PPS for disputar o governo, o candidato seria o deputado.
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