A exemplo do ocorreu na cidade de Monte Negro no mês de agosto, em que empresários e populares revoltados, fecharam por mais de 12 horas a BR 421 que liga as cidades de Campo Novo, Buritis e Monte Negro ao município de Ariquemes, em protesto contra a onda de criminalidade na região.
O estopim da crise em Monte Negro foi o assassinato de um senhor de 72 anos, o idoso foi morto com um tiro no peito porque não tinha dinheiro para entregar ao assaltante. Com a comovente repercussão do caso que foi noticiado pela imprensa de todo o estado, quatros dias depois a polícia capturou o infrator (João Cândido de Oliveira, vulgo Irmão) que morava em Ariquemes. Preso, Irmão confessou mais um crime, o assassinato de uma mulher em Ariquemes (Damiana Freitas) ocorrido meses antes e não havia sido preso.
Desta vez a barbárie volta a acontecer dentro da cidade de Ariquemes, a sociedade ariquemense está chocada com o brutal assassinato do empresário Moisés de Souza Batista, idade (57), ocorrido na tarde da última segunda-feira, o empresário estava a caminho de uma agência bancária para realizar os serviços de banco, levava consigo o apurado do seu comércio. A vítima já havia sido assaltada ha poucos dias, na tentativa de precaver um novo atentado, levou em sua companhia um irmão. Moisés e o seu irmão foram abordados por dois elementos que estavam em uma motocicleta, ao anunciarem o assalto Moisés jogou o malote para o seu irmão e gritou para o mesmo correr, e, em seguida empurrou um dos assaltantes que disparou e acertou a testa da vítima, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu e faleceu.
A população Ariquemense está realizando na tarde desta terça feira um protesto de repúdio ao ocorrido, e clamam paz e a presença do estado, não somente a este caso, mas a todos que vem ocorrendo na grande Ariquemes, a referência (grande Ariquemes) é a inclusão dos mais de dez municípios e distritos que rodeiam Ariquemes. Na maioria dos crimes que ocorrem nas cidades vizinhas, são praticados por elementos que residem em Ariquemes.
A manifestação tem também o intuito de provocar o poder judiciário, não adianta a polícia prender e o judiciário soltar, a sensação de impunidade é o grande incentivador da criminalidade, exemplo clássico disso foi um seqüestro (CRIME HEDIONDO, INAFIANÇÁVEL, PENA PODE CHEGAR A 30 ANOS) ocorrido em janeiro de 2007, em que bandidos seqüestraram um gerente de uma madeireira da grande Ariquemes, e o mantiveram refém por dois dias, houve pagamento de resgate, a polícia acompanhou toda a negociação, mas não conseguiu desvendar o caso. Menos de um ano depois a mesma quadrilha voltou a praticar o mesmo tipo de crime, em outubro do ano passado seqüestraram outra vítima, Marcel Benício, que também trabalha no ramo de madeira na cidade de Monte Negro, já neste caso a vítima ficou por cerca de dez dias no cativeiro, a polícia também acompanhou as negociações e desta vez conseguiu prender a quadrilha, presos; Nildo Bonfim da Rocha (Bilú), Argemiro Rodrigues Barbosa (Tripa) e Orlandino Alves (Dico), confessaram a autoria do primeiro seqüestro em 2007, e com esperteza e orientações de advogado, o cabeça e mentor dos crimes (Bilú) alegou em suas declarações que no segundo seqüestro a vítima era cúmplice, foram julgados no mês passado e estão em liberdade condicional. Existe estudo divulgado em todo o país em que relata de cada dez presos que saem da cadeia, oito voltam a praticar delitos.