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ARTIGO - A colheita maldita de Sobrinho - Por Valdemir Caldas
ARTIGO - A colheita maldita de Sobrinho - Por Valdemir Caldas
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Foto: Divulgação
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A maioria dos servidores do município de Porto Velho vem comendo o pão que o diabo amassou, engoliu e regurgitou da administração Roberto Sobrinho (PT).
Muitos deles já nem se lembram mais quando tiveram um aumento de salário decente. Estrábico, na maneira de fazer política, o prefeito insiste em tratá-los como capachos, uma espécie alienígena. E haja açoite nos costados. A política de valorização do servidor, uma de suas promessas de campanha, foi para as calendas gregas.
O negócio de Sobrinho é humilhar, maltratar e vilipendiar os que prestam serviços à máquina municipal. Recentemente, o prefeito aplicou mais uma apunhalada nas costas de muitos pais e mães de família. Inexplicavelmente, mandou cortar horas extras, sob a esfarrapada desculpa de que o erário estava no vermelho.
Muita gente só soube que havia perdido o benefício quando abriu o contracheque. Houve até quem ameaçasse enfartar. Dias depois, o prefeito enviou à Câmara Municipal um projeto de lei complementar aumentando o quantitativo de cargos nas estruturas das secretárias de educação e agricultura.
Não é por acaso que muitos servidores estão rezando, pedindo a Deus para que a Proposta do deputado federal Mauro Nazif, que estende a transposição até 1991, torne-se realidade. Só assim, poderão livrar-se de Sobrinho e de sua malsinada política salarial, que reside em prestigiar cabos eleitorais e apaniguados políticos com polpudos salários e atirar as migalhas para o pessoal da raia miúda.
Se bem que o governo Lula tem sido um carrasco para o grosso do funcionalismo federal, com o silêncio sepulcral, é claro, da CUT e de sindicatos da categoria, especialmente no estado de Rondônia.
Engana-se Sobrinho se pensa que remendando planos de carreiras conseguirá resolver os múltiplos e crônicos problemas que afligem os servidores municipais. A valorização funcional consiste, dentre outros aspectos, em salários decentes, qualificação profissional e condições dignas de trabalho.
Mas Sobrinho não perde por esperar. Depois de ter sido considerado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral, até 2011, o prefeito ainda não conseguiu desvencilhar-se dos problemas jurídicos causados pelas obras da avenida Vieira Caúla.
Agora, para complementar esse circo dos horrores, uma advogada da capital pediu a prisão de Sobrinho, por desobediência judicial. Aos poucos, o prefeito vai colhendo o fruto de sua semeadura maldita.
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