Resposta ao artigo “A ganância da Ceron”

Resposta ao artigo “A ganância da Ceron”

Resposta ao artigo “A ganância da Ceron”

Foto: Divulgação

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O artigo de autoria do Sr. Valdemir Caldas, publicado em 18 de agosto no site Rondoniaovivo e intitulado “A ganância da Ceron”, despertou o sentimento de indignação nos empregados e colaboradores de uma instituição que serve à população de Rondônia há 40 anos.
 
Não se trata de uma indignação sem causa, mas motivada por palavras que carregam consigo o peso da desinformação. O autor inicia o artigo com a afirmação de que o “preço” do quilowatt/ hora (kW/h) cobrado pela Ceron é uma exploração, “especialmente na capital rondoniense”.
 
O economista e técnico em eletrotécnica José Cabral Neto, assessor da Diretoria de Assuntos Regulatórios e Projetos Especiais da Ceron, explica que não há diferença entre o valor da tarifa de energia cobrada na capital e no interior. As tarifas são estabelecidas pela ANEEL e são válidas para todo o Estado de Rondônia.
 
Cabral faz questão de também esclarecer aos consumidores que “preço” é um valor calculado com margem de lucro, diferentemente de “tarifa”, que é um valor cobrado pela Ceron de seus clientes apenas para remunerar o produto fornecido – energia – e os serviços prestados. “A tarifa cobrada pelo kW/h consumido é determinada e regulada pela ANEEL, e não pela Ceron”, explica o economista.
 
O conhecido e respeitado articulista Valdemir Caldas continua seu artigo sem o cuidado essencial que deve permear o trabalho de quem lida com as palavras em dimensão pública, que é a busca incessante da correspondência entre aquilo que é dito, ouvido e propalado no âmbito do senso comum e a realidade dos fatos.
 
Utilizar-se de expressões como “descalabro”, “pântano”, “mensalidades escorchantes”, “orgia”, “abismo da inadimplência”, para fazer referência à conduta de uma empresa, serve apenas para esconder o esvaziamento de informações que o autor atribui generalizadamente a “muitos contribuintes” e “muita gente”. Tais expressões denigrem a imagem de uma instituição e, o pior, sem que o leitor possa comprovar sua origem.
 
Ao afirmar que os consumidores de Goiânia ou Porto Alegre pagam menos de R$ 0,20 (vinte centavos) pelo kW/h, Valdemir Caldas cai na armadilha da informação precipitada, que não foi rigorosamente apurada antes de ser afirmada como verdade. Basta acessar ao website da ANEEL e o consumidor rondoniense poderá comprovar os valores de tarifas cobrados pelas 64 distribuidoras de energia em todo o país. Seguem alguns exemplos, sem impostos:
 
Maranhão:    0,41852   será reajustada em 28/8
 
Rondônia:     0,39743   será reajustada em 30/11
 
Goiânia:        0,29349   será reajustada em 12/9
 
Porto Alegre: 0,30430   será reajustada em 25/10
 
“Cabe ressaltar que os tributos como o ICMS tem alíquotas diferenciadas de Estado para Estado. Algumas dessas tarifas que aparecem menores que a de Rondônia, podem ser maiores quando incidem tais impostos”, ensina José Cabral Neto, assessor da Diretoria de Assuntos Regulatórios e Projetos Especiais da Ceron. “Além disso, quem estabelece as tarifas de energia é a ANEEL; as eventuais dificuldades de caixa não são solucionadas por meio de aumento de tarifas”, completa.
 
A campanha publicitária de combate ao furto de energia, que o autor classifica como “ameaçadora”, mostra uma ação de respeito da Ceron aos bons pagadores. Quando há furto de energia, toda a sociedade paga direta ou indiretamente. Essa prática deve ser combatida em respeito ao consumidor e com o intuito de melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados. As melhores empresas de distribuição do Brasil ocupam essa posição porque combatem com rigor o furto de energia.
 
Ao final do artigo, o autor cita a construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira e afirma que os rondonienses continuarão sendo explorados. Sobre esse assunto, o economista José Cabral Neto esclarece, com propriedade do tema, que a construção das hidrelétricas não garante preços menores ao consumidor final, já que a Ceron não é geradora de energia, é apenas uma empresa distribuidora. “A tarifa paga pelo consumidor é composta por energia, tributos, encargos, custos operacionais, remuneração e depreciação. Se houver aumento de impostos e de encargos, esses, a exemplo de todo e qualquer fornecedor de bens ou serviços, serão repassados para a tarifa”, finaliza Cabral.
 
Diante de acusações sem fundamentação e que, comprovadamente, não correspondem com a realidade dos fatos, a Ceron e seu corpo de empregados espera que lhes seja dado o mesmo espaço o qual teve acesso o autor do artigo. A Empresa confia na ética e, sobretudo, na responsabilidade social com que a Imprensa de Rondônia trata o direito a informar e a ser bem informado.
 
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