Cremero denuncia sucateamento da Saúde no município - Foto

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Foto: Divulgação

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Conselheiras Inês Motta (e) e Simi Marques durante fiscalização ao hospital regional de Guajará-Mirim

Em reunião, na manhã desta sexta-feira (26), com o secretário estadual de saúde, Milton Moreira, a presidente e a tesoureira do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), Inês Motta e Simi Mirian Bennesby Marques, respectivamente, entregaram relatório oficial apontando o sucateamento da saúde pública no município de Guajará-Mirim.
 
Além de dar ciência sobre a precariedade do atendimento à saúde pública naquele município, as diretoras do Cremero pediram ao Secretário que o Estado dê maior apoio ao município, para que pessoas não tenham prejuízos por conta das dificuldades do setor de Saúde no atendimento médico.  
 
Os problemas na saúde pública de Guajará foram constados durante fiscalização recente, da diretoria do Cremero, ao hospital regional do município. “O sucateamento abrange de mobiliários aos instrumentais. Não há telefone para que sejam chamados os médicos que ficam de sobreaviso e, pior, falta gasolina para que pacientes graves sejam transferidos para a Capital”, alertou a presidente do Cremero. 
 
Em conversa com Inês Motta, o prefeito Atalíbio José Pegorini, reclamou da insuficiência nos repasses feito ao município. Segundo ele, o SUS (Sistema Único de Saúde) repassa R$ 167 mil por mês ao município. “Esse valor não cobre o que é gasto com a folha de pagamento, compra de material de expediente e com pequenas reformas necessárias para o bom funcionamento do hospital”, reclamou o prefeito.
 
Inês Motta alerta para outro problema: o único hospital particular que atende em convênio com a prefeitura, Hospital Bom Pastor, ameaça parar o atendimento público por falta de repasse de verba referente ao convênio. O principal atendimento é no setor de maternidade.
 
O Secretário Estadual de Saúde, Milton Moreira, disse que vai se reunir com prefeito Atalíbio para tentar buscar uma solução e  amenizar o problema que, segundo ele, é agravado pelo número excessivo de pacientes. “Muitos municípios têm dificuldades, mas Guajará-Mirim é um caso especial porque, além da população local, que é composta também por índios, o município atende inclusive pacientes bolivianos”, observa o secretário.
 
Segundo Milton Moreira, faz parte do município de Guajará-Mirim a maior reserva indígena do Estado, composta por cerca de oito mil índios. “Para o atendimento dos indígenas há o repasse da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), mas é de apenas R$ 5 mil ao mês”.
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