Andar de Moto-Taxi é seguro? - Por Paulo Andreoli

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Foto: Divulgação

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Os moto-taxis estão nas ruas de Porto Velho. De camisa laranja, com uma pintura azul nas costas, os transportadores das duas rodas já somam mais de 200 na capital.
 
Ando de motocicleta desde 1981, quando então com 16 anos, surgiu na garagem de casa uma CG 125 ( modelo Bola). Acompanhando de meu pai, seguia na sua garupa para fazendas de amigos da família e lá, sob orientação do velho Andreoli, aprendia os primeiros movimentos no veiculo que é minha paixão até hoje.
 
Lembro de uma brincadeira que o mesmo fazia comigo. A corrida de quem anda mais devagar. Marcava-se um pequeno trecho de cinco metros e contra o relógio, apostávamos quem andava mais devagar. Sem colocar o pé no chão, nem sair do “trilho” riscado com uma vara de bambu na terra vermelha da serra da Mantiqueira.
 
Nas conversas embaixo de uma grande figueira, outras ensinamentos vinham:
 
 – Paulo Rogério, você trabalhando firme pode comprar quantas motocicletas quiser, já a vida nem tem na concessionária para vender.
 
- O ponto de gravidade fica no centro da moto, abaixo do motor, por isso as pessoas fazem curvas com as motos inclinadas e não “deitam” a máquina no chão.
 
Na volta, deixava-me voltar “tocando” pela rodovia, na estrada (hoje) antiga, entre São José dos Campos e Campos do Jordão. Curvas fechadas, longas descidas, estrada na Serra, muito sinuosa.
 
Em Rondônia, enveredei pelo mundo off-road. Fiz Motocross, Enduro, Rally. Passei cerca de 15 anos na estrada. Isso até abril de 1999, quando num acidente em Rondolandia (MT), passei algumas horas com a perna quebrada no meio de uma pedreira.
 
A dor e o isolamento me fizeram pensar que ia morrer. Minha perna balançava solta dentro da bota. Fiz vários “combinados” com o “Homem” lá de cima. Afirmei com convicção que nunca mais iria participar de corridas, se de lá saísse vivo. Aqui estou escrevendo este texto. Nunca mais me inscrevi em nenhuma competição como piloto. Hoje me contento em reportar e fotografar meus amigos em ação.
 
Mas voltando aos Moto-taxis. Sem querer entrar no mérito se é legal ou não, vislumbro alguns problemas de segurança na utilização deste tipo de serviço.
 
Quem garante a habilidade dos que se apresentam como taxistas das duas rodas. Quanto tempo de CNH os mesmos possuem? Os jovens que estão levando até crianças na garupa fizeram algum curso de pilotagem, tal qual existe para os carros ( direção defensiva) e caminhões (Mope).
 
Eles têm conhecimento das técnicas de frenagem na terra?  A capital possui mais de 70% da malha viária sem asfalto, tem que saber frear para não ficar “comprando” terreno nas esquinas da periferia.
 
Possuem algum conceito de entrada em curva ou técnica de Slalow? Treinaram em algum local as chamadas curvas em oito?
 
Estou vendo os caras levando o capacete do passageiro no cotovelo. Vejo a maioria dirigindo com o farol apagado durante o dia, principio básico da visibilidade do pequeno veículo. Com a cidade cheia de buracos, trânsito desordenado e “pilotos” sabe-se lá de onde vindos, tenho receio que possamos começar a reportar e fotografar uma série de acidentes entre os “laranjinhas”.
 
Responda ligeiro, você confiaria sua vida a alguém que não conhece?
 
Pense rápido Porto Velho, antes que o vermelho sangue de passageiros e condutores comecem a manchar o pouco asfalto desta cidade.
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