O vereador de Cacoal, Valdomiro Corazinho (PP), pode acarretar um processo ao prefeito do município, Padre Franco, por improbidade administrativa, se a denúncia feita por ele for comprovada. Valdomiro possui documentos que apontam que o dono da empresa que presta serviço de limpeza na Unidade Mista de Cacoal, a Santos Ferreira e Silva Ltda – ME, pertence ao motorista e assessor do prefeito, o ex-vereador Expedito Alves de Macedo, porém Expedito não aparece como sócio da empresa, apenas como testemunha da alteração contratual nº 2 registrada na Junta Comercial do Estado de Rondônia, mas ele é o dono do imóvel onde funcionaria a sede da empresa, uma residência de alvenaria, muito humilde, que ainda se encontra no reboco, identificada apenas por uma placa e que não condiz, necessariamente, com o porte de uma sede que detém um contrato tão importante no município.
Localizada na periferia de Cacoal, a edificação dá sinais de penúria e desgaste. Para dar ênfase à denúncia de Valdomiro Corazinho, existe uma placa afixada na parede do imóvel, constando endereço e os números telefônicos para contato, por coincidência um deles, o 9229-7949, é de uso pessoal do ex-vereador Expedido Alves de Macedo.
Para depurar ainda mais a respeito da denúncia recebida, o vereador Corazinho encontrou dificuldades para ter acesso a cópia dos processos de conservação e limpeza junto à Prefeitura, mesmo após ter protocolado requerimento (aprovado em plenário) solicitando a documentação – que é pública. Para justificar o não envio dos documentos, a Prefeitura discriminou em ofício-resposta que por se tratar de uma grande quantidade de papéis a serem copiados tal posição foi tomada para evitar “despesas desnecessárias aos cofres públicos”, porém no mesmo ofício a Prefeitura diz que coloca a disposição todos os processos junto ao Setor de Contabilidade, em um local e mesa separada para que tanto o vereador quanto a sua equipa técnica analise os documentos.
Em resposta ao ofício, o vereador Corazinho disse que a documentação requerida não disponibilizará tanto papel e que se fosse o caso ele pagaria do bolso para não causar prejuízos aos cofres do município.