São Lucas marca presença no Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

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Foto: Divulgação

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Os Doutores Carolina Bioni, Rodolfo Korte, Sérgio Basano e Luís Marcelo Aranha Camargo, professores da Faculdade São Lucas, em parceria com o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), UFAL (Universidade Federal de Alagoas), FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) e alunos da FSL (Faculdade São Lucas) e da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), apresentaram 8 Comunicações Científicas durante o renomado congresso anual da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, realizado neste mês em Recife (PE). Os trabalhos científicos são sub-produtos de suas teses de doutoramento e de trabalhos científicos dos alunos com bolsas PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisas e Tecnologia).

Os trabalhos versam sobre doenças regionais como mansonelose (causada pelo helminto Manosnella ozzardi e transmitida pelo borrachudo) e a filariose linfática ou elefantíase (causada pelo helminto Wuchereria bancrofti e transmitida pelo Culex, pernilongo comum) e a leishmaniose tegumentar americana (transmitida pelo flebotomíneo). A mansonelose é uma doença ainda pouco conhecida, tanto em seu aspecto clínico como em relação ao seu tratamento. Em algumas áreas ribeirinhas do rio Purus (Amazonas), por exemplo, 80% da população apresentam-se parasitadas.  A FSL (Faculdade São Lucas) desenvolveu, em seus laboratórios, o diagnóstico molecular (reação da polimerase em cadeia-PCR) da  doença, sob orientação do Doutor. Odécio Cáceres, bolsista DCR do CNPq e fomentado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

A ocorrência de filariose bancroftiana foi diagnosticada em Porto Velho na década de 50 pelo cientista mineiro Doutor René Rachou. Na ocasião o pesquisador considerou os casos como sendo “importados” de outros estados e não oriundos de Porto Velho. Os estudos visam identificar se há atualmente a transmissão da filariose em Porto Velho e, em caso afirmativo, identificar os locais de transmissão. Até o momento foram examinadas por volta de 2.500 pessoas e mais de 3.000 mosquitos (Culex) sem que o parasita tenha sido encontrado. A proposta é ampliar a amostra para confirmar os achados, de extremo interesse para a comunidade e para o Ministério da Saúde. Com relação à leishmaniose, está sendo estudada no município de Monte Negro, interior rondoniense, a composição da fauna de vetores, as espécies envolvidas na transmissão e se a saliva do inseto tem ação protetora ou promotora da doença em humanos.
 
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